Repository logo
 
Loading...
Thumbnail Image
Publication

O Exército e a Nova Ordem Política do Portugal Constitucional

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
MAJ Lousada.pdf60.42 MBAdobe PDF Download

Advisor(s)

Abstract(s)

Ao longo da História de Portugal, o Exército, a par da Igreja Católica e da Universidade, tem tido um papel primordial na estruturação do Estado e na evolução da Nação, assumindo-se como a «força motriz» da Ordem Interna. Constata-se esse facto particularmente no Portugal Contemporâneo, em que o Constitucionalismo, marca de um sistema gerado há cerca de 200 anos pelo Liberalismo, teve no Exército o actor indutor. Na realidade, a Ordem tem sido mutável, em grande parte devido à interacção do Exército na conjuntura, o que é notoriamente visível em quatro acontecimentos específicos e fundamentais: no estabelecimento da Monarquia Constitucional, em 1820; na implantação da República, em 1910; na instauração da Ditadura Militar, em 1926, a que sucedeu a Civil; e na implementação da Democracia, em 1974. Para a compreensão da intervenção do Exército na alteração da Ordem Política, partimos de uma complexa questão prévia: “qual o papel desempenhado pelo Exército na ruptura da Ordem Política do Portugal Constitucional?”, procurando percepcionar a existência de linhas de continuidade nas causas/motivações e no modus operandi, aquando dos «momentos fortes» abordados. Para o efeito, utilizamos uma metodologia assente numa abordagem multidisciplinar, que implica a História Política, a História Militar e a Estratégia, em que com as primeiras se analisa especificamente cada um dos quatro acontecimentos em estudo e com a terceira enquadra-se o fluir da base de entendimento, interna e externa, que cada Ordem encerra, colmatando, assim, hiatos entre cada um desses «momentos fortes». Dessa forma, percebemos que nessas intervenções feitas pelo Exército conducentes à ruptura da Ordem vigente, as causas motivadoras foram políticas e militares de ordem externa e decorrentes da evolução da conjuntura nacional. O Exército, enquanto Instituição, actuou sectorialmente, em cooperação com outros ramos das Forças Armadas, ou interagindo com «forças» civis ou populares, dependendo dos acontecimentos, e influiu também, no curto prazo pós-Ordem, no definir do Sistema Político para o qual contribuiu. Résumé: Au long de l´Histoire du Portugal, l’Armée, en conjoint avec l’Église Catholique et l’Université, a eu un rôle primordial dans la structure de l´État et dans l´évolution de la Nation, s’assumant comme la « force motrice » de l’Ordre Interne. On constate particulièrement ce fait au Portugal Contemporain, où le Constitutionalisme, marque d’un système créé il y a près de 200 ans par le Libéralisme, a eu dans l’Armée l’acteur inducteur. En réalité, l’Ordre a été mutable, en grande partie à cause de l’interaction de l’Armée dans la conjoncture, ce qui est très visible au long de quatre événements spécifiques e fondamentaux : dans l’établissement de la Monarchie Constitutionnelle, en 1820 ; dans l’implantation de la République, en 1910 ; dans l’instauration de la Dictature Militaire, en 1926, qui fut suivie de la Civil ; et dans l’implémentation de la Démocratie, en 1974. Pour la compréhension de l’intervention de l’Armée dans le changement de l’Ordre Politique, partons d’une complexe question préalable : « quel est le rôle tenu par l’Armée dans la rupture des Ordres Politiques Nationales?», en recherchant percevoir l’existence de lignes de continuité dans les causes/motivations et dans le modus operandi, quand les «moments forts» ont été abordés. Pour cela, utilisons une méthodologie multidisciplinaire, qui implique l’Histoire (Politique et Militaire) et la stratégie, avec la première on analyse spécifiquement chacun des quatre événements en étude et avec la seconde on encadre la fluidité de la base de l’entente, interne et externe, que chaque Ordre renferme, colmatant, ainsi, ouvertures entre chacun de ces « moments forts ». De cette manière, on comprend que dans ces interventions faites par l’Armée conduisant à la rupture de l’Ordre en vigueur, les causes motivantes ont été politiques et militaires de l’ordre externe et décurrentes de l’évolution de la conjoncture nationale. L’Armée, en tant qu´ Institution, a agi par secteur, en coopération avec les autres branches des Forces Armées, ou a interagi avec des «forces » civiles ou populaires, selon les événements, et a influé aussi, pendant le court délai post-Ordre, dans la définition du Système Politique auquel il a contribué.

Description

Keywords

Exército Português Ordem Interna Ordem Política Portugal Constitucional História

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue