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O autocuidado à fístula arteriovenosa da pessoa com doença renal crónica terminal em hemodiálise

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Tratando-se de uma doença considerada como um problema de saúde pública, a doença renal crónica (DRC) é responsável pela mobilização de um vasto número de recursos, trazendo implicações quer ao nível económico quer social. O acesso vascular (AV) é uma das vias de sobrevivência de muitas das pessoas com doença renal crónica terminal (DRCT). Para garantir que este se mantém nas melhores condições possíveis são necessários cuidados específicos por parte de todos os profissionais de saúde envolvidos e do próprio doente. A prevenção e a identificação precoce de complicações relacionadas com o AV é uma das chaves para minimizar muitos dos custos sociais e financeiros que lhe estão associados. Torna-se assim primordial que, por um lado o enfermeiro adquira competências que lhe permitam prestar cuidados de qualidade ao AV e, por outro, que o doente seja capaz de estar atento e de o cuidar, tendo em conta as suas capacidades. O presente relatório reflete o percurso efetuado enquanto estudante do 6º Curso de Pós-Licenciatura em Enfermagem Médico-cirúrgica, Vertente Nefrológica, da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. Este tem como principais objetivos descrever e analisar os conhecimentos e capacidades desenvolvidas junto da pessoa com DRC e família. Do mesmo modo, pretende-se apresentar o estudo de investigação que permitiu identificar os comportamentos de autocuidado à fístula arteriovenosa (FAV) pela pessoa com doença DRCT, em programa de hemodiálise (HD). Este incluiu uma descrição e análise do conjunto de competências específicas adquiridas e desenvolvidas no decorrer da prestação de cuidados à pessoa com DRCT e sua família, nos diferentes contextos de estágio, especificando o autocuidado do doente à FAV. Para além da mobilização dos conhecimentos adquiridos durante as sessões teóricas e nos ensinos clínicos, recorreu-se também ao modelo de Dorothea Orem como fonte orientadora de pensamento. Este abrange ainda o estudo quantitativo efetuado, que envolveu uma amostra de 101 pessoas com DRCT que realizavam HD através de FAV, numa clínica da zona metropolitana de Lisboa. Foi utilizado um questionário composto por 4 grupos, em que nos primeiros 3 foram levantados os dados sociodemográficos e clínicos e no 4º grupo foram identificados os comportamentos de autocuidado com a FAV através da aplicação da escala de avaliação de comportamentos de autocuidado com a FAV (ECAHD-FAV). Os resultados demonstram que a média de comportamentos de autocuidado para com a FAV desenvolvidos pela amostra é de 70,6%, tendo o valor máximo (96,9%) sido atingido apenas por 3 pessoas e o valor mínimo (28.1%) por 10 pessoas. A presença destes comportamentos nas mulheres é superior em relação aos homens (8.2%) e as pessoas com hipertensão arterial possuem mais comportamentos de autocuidado com a FAV (11.3%). A frequência dos mesmos é ainda inferior nas pessoas cuja fonte de informação promotora destes comportamentos foi o médico residente (28.3%). É possível verificar a necessidade de criação de um programa específico de educação que vise colmatar as necessidades identificadas. Desta forma pensamos melhorar não só os cuidados de enfermagem mas também contribuir para um aumento do bem-estar da pessoa com FAV, reduzindo possíveis complicações.

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Enfermagem em nefrologia Fístula arteriovenosa Autocuidado Doença renal crónica Hemodialise

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