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O estilo de gestão do regime terapêutico dos clientes com dor oncológica crónica: Influência na gestão do regime medicamentoso

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Num contexto de dor oncológica crónica, o indivíduo é desafiado a incorporar um conjunto de novos comportamentos, de forma a que seja garantido o controlo sintomático e a qualidade de vida. Neste âmbito, o autocuidado, enquanto condicionalismo pessoal, surge como uma área de relevo para a prática de enfermagem, uma vez que a postura do indivíduo face ao seu autocuidado tem impacto significativo na forma como a pessoa gere a doença crónica e o regime terapêutico inerente à mesma, implicando a necessidade de integrar ou reformular comportamentos de autocuidado. O presente estudo visou identificar e descrever o estilo de gestão do regime terapêutico dos clientes com dor oncológica crónica, bem como explorar a natureza da influência deste estilo na adesão ao regime medicamentoso e nas competências de gestão desse regime. A investigação alicerçou-se num paradigma de investigação quantitativo, num estudo transversal, descritivo, com uma componente descritivo-correlacional, com base numa amostra não probabilística e de conveniência, constituída por 50 indivíduos. Os instrumentos utilizados neste estudo foram o “Instrumento de Caracterização do Estilo de Gestão do Regime Terapêutico”, o instrumento de avaliação das competências de gestão do regime terapêutico, desenvolvido para o efeito, e a Medida de Adesão aos Tratamentos. O estilo de GRT dos clientes com dor oncológica crónica é, maioritariamente, responsável (20%) ou predominantemente responsável (60%). Os níveis de adesão são tendencialmente elevados ( =5,63), verificando-se, contudo, uma associação negativa, moderada e estatisticamente significativa com o score negligente (r=-0,354, N=50; p=0,012). Quanto às competências de gestão, verificamos também valores tendencialmente elevados. Existem diferenças de médias estatisticamente significativas no grupo com um estilo de GRT responsável, sendo que os mais responsáveis apresentam melhores valores de gestão (t(48)=-3,024; p=0,004), e no grupo com um estilo de GRT formalmente guiado, verificando-se melhores médias no grupo menos formalmente guiado (t(48)=2,024; p=0,049). Verificamos que os regimes mais complexos tendem a ser prescritos aos participantes com melhores competências de gestão e, que os indivíduos cujo tempo de acompanhamento na UETD é maior, tendem a apresentar regimes medicamentosos mais complexos bem como uma menor intensidade de dor em pico. Isto indica que as terapêuticas de enfermagem implementadas desempenhem um papel importante na promoção do desenvolvimento de competências de gestão do regime medicamentoso.

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Dor oncológica Regime terapêutico Autocuidado

Pedagogical Context

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