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Abstract(s)
A escolha do patrono dos cursos de entrada no ano lectivo 2011-2012 na Academia
Militar (AM), destinados à formação dos oficiais do Exército e da Guarda Nacional Republicana
(GNR) assume uma importância particular, que convém realçar, embora de forma sintética
alguns aspectos.
Em primeiro lugar, como tradição da instituição militar e dos estabelecimentos de ensino
superior militar que deve ser mantida e preservada, de ter uma figura histórica como fonte de
inspiração e de referência para os alunos do primeiro ano da Academia Militar e que os irá
prosseguir ao longo do seu curso e no decurso das suas vidas profissionais e militares.
Em segundo lugar, é sempre importante procurar exemplos passados de grande valor
enquanto militares, comandantes e Homens, para que sirvam de referência aos futuros oficiais
do Exército e da GNR. Destacar o importante e relevante papel dos antecessores é uma forma de
incentivar o estudo e servir de guia de forma a dar cumprimento ao legado dos antecessores no
cabal cumprimento da missão da Instituição e na exaltação dos valores mais altos do país.
Em terceiro lugar, pela primeira vez desde que a Academia Militar forma oficiais do
Exército e da GNR (desde 1991), que os cursos do ano lectivo 2011/2012 irão ter um patrono
com ligações às duas instituições que ele serviu em várias funções no Exército e na Guarda
Municipal de Lisboa (antecessora da actual GNR).
D. Carlos de Mascarenhas destacou-se desde cedo, mesmo enquanto Cadete, para mais
tarde já como oficial, Alferes, Tenente e Capitão ter recebido dos mais rasgados elogios e
reconhecimentos públicos. Neste último posto, chegou mesmo a receber a condecoração da
Torre e Espada2, com direito a honras de coronel e promoção a Major por distinção. No posto de
Major e de Tenente-coronel continuar a desenvolver importantes e destacados serviços, com
realce paras as de comandante da Guarda Municipal de Lisboa. No posto de Coronel e
Brigadeiro, assumiria as funções de comandante da Guarda, do Regimento da Rainha de
Lanceiros 2, e de chefe da casa militar do Rei, além de ter sido feito par do Reino, gentil-homem
da câmara e ajudante de campo de D. Pedro.
Viveu durante um período histórico conturbado da história portuguesa, nomeadamente a
guerra civil em Portugal, as lutas liberais, da qual ele foi firme defensor e combatente dos ideias
liberais, ao lado de outras figuras destacadas portuguesas, como por exemplo, D. Pedro e
Bernardo Sá Nogueira, o Marquês de Sá da bandeira, fundador da Academia Militar.
O Brigadeiro, D. Carlos de Mascarenhas, destacou-se essencialmente pelas suas
qualidades enquanto comandante nos diversos postos e funções, assumindo-se e considerado
como um homem «valente» e com uma personalidade destacada de firmes valores e princípios,
na forma de ser e na convivência com os militares e elementos da sociedade e civil. Era valente
e forte nas acções militares, delicado, educado e cortês no trato.
Conhecido também pelo seu estilo dialogante e equidistante das problemáticas político-partidárias,
que soube afastar-se dessas lutas, quando as mesmas iam contra os seus princípios.
Ficou na história como um exímio cavaleiro e cavalheiro, e acima de dos mais elevados elogios.
Cadetes do Curso Brigadeiro D. Carlos de Mascarenhas procurem inspiração no forte e
valente militar, e nos valores, princípios e trato com que D. Carlos pautava o seu
comportamento para com os demais homens, militares e civis.
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História militar Formação militar Patronos