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Authors
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Abstract(s)
O contexto sociopolítico brasileiro, marcado por corrupção, crises e desigualdade, aumenta o
stress, a ansiedade e a desconfiança nas instituições, comprometendo a coesão social, torna
pertinente a análise e compreensão do clima emocional para promover a transformação social
no país. Assim, os objetivos do presente estudo pretendem avaliar o clima socioemocional
brasileiro, a relação deste com variáveis psicossociais e o poder preditivo dessas variáveis na
perceção do clima emocional. Com um desenho de estudo correlacional e através da técnica de
amostragem não probabilística, nomeadamente de conveniência e bola de neve, obteve-se uma
amostra de 506 indivíduos, 374 do sexo feminino e 133 do sexo masculino (idade 𝑋
= 44.96 ±
14.88 anos). Foi aplicado um protocolo onde constava o questionário sociodemográfico e as
seguintes escalas: Clima Emocional (Páez et al., 1997); Ansiedade, Depressão e Stress - 21
itens (Lovibond & Lovibond, 1995); Coping Resiliente, versão breve (Sinclair & Wallston,
2004); Satisfação com a Vida (Zabriskie & McCormick, 2003); Ameaça Financeira
(Marjanovic et al., 2013); e Bem-Estar Financeiro (Norvilitis et al., 2003). Os resultados
demonstram uma prevalência da perceção de Clima Emocional Negativo em relação ao Clima
Emocional Positivo, apresentando correlações significativas nas direções esperadas. Além
disso, indicam que o Stress e a Ameaça Financeira são preditores do Clima Emocional
Negativo, enquanto o Coping Resiliente e a Perceção da Situação Económica do País atuam
como preditores do Clima Emocional Positivo. O presente estudo sugere que o clima emocional
no Brasil é afetado por condições socioeconómicas instáveis, com emoções negativas
predominando em contextos de incerteza e vulnerabilidade, o que reforça a necessidade de
políticas que promovam segurança emocional e coesão social. As limitações do estudo, como
a representatividade da amostra, apontam para a importância de futuras investigações que
explorem dinâmicas emocionais em diversos contextos.
