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Integração vida-trabalho e burnout: Um estudo nacional

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Desde a década de 70 do século XX que o conceito integração vida-trabalho tem vindo a adquirir uma importância que até então não tinha. Sendo as vertentes profissional e pessoal papéis fundamentais na vida de um individuo é necessário que se estabeleça harmonia entre ambos, uma vez que quando isto não acontece, poder-se-á ter de enfrentar consequências em ambos os ambientes. Por seu turno, o burnout pode ser considerado em três dimensões: exaustão emocional, cinismo e eficácia profissional. A síndrome de burnout é uma condição clínica. Esta síndrome desenvolve-se aquando da continua exposição ao stress e sobrecarga do horário laboral, entre outros fatores socioculturais e sociodemográficos. O burnout assume uma relação de bidirecionalidade nestas duas áreas da vida, por este motivo é crucial o estudo das práticas da integração vida-trabalho que diminuam a probabilidade da sua ocorrência. Neste sentido, o principal objetivo deste trabalho é compreender as práticas de integração vida-trabalho e medir os níveis de burnout nos trabalhadores portugueses. Optou-se por uma metodologia quantitativa. Numa amostra de 255 participantes, foi aplicado um questionário com três secções: (a) recolha de dados sociodemográficos; (b) a escala SWING (Survey Work-Home Interaction do autor NijmenGens) que analisa a interação positiva e negativa Trabalho Família e Família-Trabalho, e (c) a escala MBI-GS (Maslach Burnout Inventory General Survey, de Cristina Maslach) para medir os níveis de burnout. Quanto às variáveis sociodemográficas, obteve-se que (a) a Interferência Positiva Família-Trabalho é mais elevada nas mulheres; (b) a Interferência Positiva Trabalho-Família é mais elevada nos estudantes e trabalhadores em simultâneo e (c) nos trabalhadores por conta própria; (d) quanto mais anos o colaborador permanece na organização, maior a Interferência Negativa Trabalho-Família; (e) a Exaustão Emocional é mais elevada quando o trabalhador é solteiro/divorciado, (f) no setor das indústrias extrativas, e (g) nos trabalhadores por conta de outrem; (h) o Cinismo é mais elevado no grupo solteiro/divorciado por oposição a casado/unido de facto; (i) o Cinismo diminui com a idade, (j) número de filhos e (k) tempo de carreira; (l) quanto maiores a idade e o tempo de carreira, maior a Eficácia Profissional. No que se refere às relações entre a integração vida-trabalho e o burnout, (m) quanto maior a Interferência Negativa Trabalho-Família maior o Cinismo e (n) a Exaustão Emocional; (o) quanto maior a Interferência Positiva Família-Trabalho maior a Eficácia Profissional. Quanto ao efeito preditivo da integração vida-trabalho no burnout, os resultados sugerem que (p) a Interferência Negativa Trabalho-Família aumenta a Exaustão Emocional; (q) tanto a Interferência Negativa Trabalho-Família como (r) a Interferência Negativa Família-Trabalho parecem incrementar o Cinismo; (s) a Interferência Negativa Família-Trabalho diminui a Eficácia Profissional; (t) a Interferência Positiva Família-Trabalho aumenta a Eficácia Profissional. Termina-se esta investigação sugerindo iniciativas e propostas de intervenção para o tecido empresarial português.

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Burnout Interferência Vida-Trabalho

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