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Controlo da dor e dispneia da pessoa com doença oncológica no serviço de urgencia

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A pessoa com doença oncológica experiencia, nas diferentes etapas de sobrevivência, diferentes magnitudes de sintomas, com efeitos nefastos na qualidade de vida, estado funcional e auto-cuidado. A dor oncológica e a dispneia, assumem um lugar de destaque em múltiplos estudos anteriores, por representarem o cluster symptoms indutor de maior ansiedade e fadiga, bem como são o motivo mais frequente para a procura do serviço de urgência. Todavia, neste contexto continua a predominar uma cultura de opiodofobia, oligoanalgesia e subtratamento de sintomas, corroborado em um diagnóstico de situação, que revela práticas desviantes da leges artis. Deste modo, pretendeu-se desenvolver a perícia no controlo sintomático em múltiplos locais de ensino clínico, delinear linhas orientadoras de boa prática e mobilizar a equipa de enfermagem do presente serviço de urgência para a otimização do alívio da dor oncológica e dispneia. Para tal efeito, construiu-se uma bateria de recomendações, mediante revisão sistemática da literatura, submetida a Técnica de Delphi, realizada em duas rondas, com inclusão de 16 peritos em cada uma, para validação na realidade portuguesa. Consecutivamente, elaborou-se um plano de formação dirigido aos enfermeiros suportado nas fragilidades detectadas, com partilha das guidelines produzidas, com repercussão na melhoria dos padrões de qualidade pós-formação: avaliação das características da dor (0–49%), re-avaliação da dor (54,4%–72,7%), documentação de estratégias não farmacológicas no controlo da dispneia (0–85,7%), utilização de opióides fracos na dor moderada (14,3%–75%), utilização de ópiodes fortes na dor severa (25%–66,6%), redução na seleção da via endovenosa (78,9%–52,3%), intra-muscular (10,5%–4,8%), preferência pela via oral (5,3%–33,3%) e introdução de outras vias não invasivas transdérmica (4,8%). Para garantir a continuidade de cuidados foi criado um protocolo de referenciação intra-hospitalar, em parceria com a Unidade Multidisciplinar de Dor, partilhado o Guia de Boa Práticas, Tabela de Equianalgesia de Opióides, em suporte papel e digital com os pares e identificadas novas estratégias para intervenção futura. Estes resultados confirmam os pressupostos do Modelo da Eficácia do Papel de Enfermagem, desenvolvido por Irvine, Sidani & Hall (1998) e Doran (2011), demonstrando que o controlo sintomático é um resultado sensível aos cuidados de enfermagem. Para além do imprescindível contributo no desenvolvimento de competências para o perfil de enfermeiro especialista, demonstra que, a prática baseada na evidência, os cuidados centrados na pessoa, a formação em serviço, a auditoria e devolução de feedback, têm tradução no empowerment da profissão, segurança/ gestão do risco clínico, excelência dos cuidados e controlo da dor oncológica e dispneia.

Description

Mestrado, Enfermagem Médico-Cirúrgica, Oncologia , 2015, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa

Keywords

Enfermagem oncológica Doença oncológica Controlo da dor Dispneia

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