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Sintomatologia psiquiátrica dos familiares cuidadores de doentes com internamento em cuidados intensivos

dc.contributor.authorCosta, José Filipe
dc.date.accessioned2015-07-13T10:14:15Z
dc.date.available2015-07-13T10:14:15Z
dc.date.issued2012
dc.description.abstractA insistência por um modelo biomédico centrado na doença, deixa de lado aquele que mais intervém no doente, o Familiar Cuidador, pois não permite que o seu trabalho tenha a visibilidade merecida e todo o apoio necessário. Compete à Enfermagem, a responsabilidade pelo desenvolvimento de ações que sejam centradas na família, tendo em conta o seu contexto. O assumir do papel de cuidador tem repercussões ao nível da vida pessoal, familiar, laboral e social dos cuidadores informais, tornando-os mais vulneráveis a desenvolver uma patologia mental. Acompanhar a experiência dos familiares cuidadores de doentes que estiveram internados em UCI, com dependência nas ABVD e que se encontram em processo de recuperação no domicílio, despertou-nos para a problemática da necessidade de cuidados dos familiares no que respeita à Saúde Mental. Este estudo tem como objetivo compreender a relação entre sintomatologia psiquiátrica dos familiares cuidadores de pessoas dependentes e o exercício do papel no cuidar, bem como a sua relação com as variáveis sociodemográficas de contexto e clínicas. Para melhor fundamentar este estudo, recorremos ao apoio da teoria do stress e das transições. Optámos por um estudo quantitativo de carácter exploratório e transversal. Recorreu-se à entrevista, por contacto telefone, utilizando como guião um questionário para recolha da informação sociodemográfica de contexto e clínica, e dois instrumentos já validados para a população portuguesa: Escala de atividades de vida diárias de Lawton e Brody aplicada aos doentes com dependências e o BSI aplicado aos familiares cuidadores. Os principais resultados encontrados no domínio dos familiares cuidadores que participaram neste estudo são semelhantes aos de outros estudos nacionais e 10 internacionais. Os cuidadores informais principais são mulheres com 57 anos, casadas, com escolaridade ao nível do 1.º Ciclo do Ensino Básico. A situação profissional, é de reformado por idade, ter um emprego e desempenhar funções domésticas em casa. Em termos de prestação de cuidados cuidam do doente em média há 11 meses, prestam cuidados ao longo do dia, demoram em média 210 minutos por dia a cuidar do doente e 1/4 cuidam de duas ou mais pessoas. A tipologia de cuidados que prestam é de supervisionar, preocupação e assistir parcialmente, e referem não receber qualquer tipo de apoio. Consideram o seu estado de saúde entre fraco e aceitável, referem a existência de problemas de saúde. O médico de família é o principal recurso para a vigilância da saúde, e recorrem pouco ao enfermeiro de família. Não relatam antecedentes de patologia mental. Concluímos que, os cuidadores participantes no presente estudo não demonstram valores indicadores de sintomatologia psiquiátrica avaliados pelo BSI. Analisando a sintomatologia psiquiátrica de forma mais detalhada, assumimos como variáveis associadas a índices mais elevados de sintomatologia psiquiátrica o ser mulher, ser mais velho(a) e ser doméstica ou desempregada para a predisposição de somatização e obsessões-compulsões. Verificamos também que ter menos escolaridade, ter uma perceção negativa da sua saúde e ter antecedentes de doença mental aumentam a predisposição para a somatização, obsessões-compulsões, sensibilidade interpessoal, depressão, ansiedade, ansiedade fóbica e psicoticismo. Outra conclusão está relacionada com o passar mais tempo por dia nos cuidados, mais de 200 minutos, o grau de dependência da pessoa que recebe os cuidados e o tipo de cuidados que prestam, assistir parcialmente, predispõe os familiares cuidadores a desenvolverem sintomatologia relacionada com a somatização, obsessões-compulsões, depressão, ansiedade e psicoticismo. O BSI revela-se como um bom instrumento para avaliar situações de maior vulnerabilidade do Familiar Cuidador, ou seja, níveis mais elevados de sintomatologia psiquiátrica, que devem ser alvo da atenção dos profissionais de saúde, principalmente dos enfermeiros especialistas em saúde mental, de modo a que continuem a exercer o seu papel de prestador de cuidados sem colocarem em risco a sua saúde.por
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.26/9320
dc.language.isoporpor
dc.subjectCuidador familiarpor
dc.subjectPsiquiatriapor
dc.titleSintomatologia psiquiátrica dos familiares cuidadores de doentes com internamento em cuidados intensivospor
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typemasterThesispor
thesis.degree.levelMestrepor
thesis.degree.nameMestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatriapor

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