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As quedas representam a primeira causa de morte por acidente nos
idosos. A relevância do fenómeno cair emergiu associada aos programas de
acreditação em saúde, representando um indicador da qualidade.
A Supervisão Clínica em Enfermagem (SCE) permite o desenvolvimento
de conhecimentos e de competências, o exercício de uma prática baseada
na evidência e a reflexão sobre a mesma, promovendo a qualidade e a
segurança dos cuidados.
Esta dissertação, integrada no projeto C-S2AFECARE-Q, pretende ser
um contributo para a implementação do modelo de SCE.
Este estudo partiu da pergunta: “Quais os aspetos a incluir no modelo
de SCE de forma a promover a segurança e a qualidade dos cuidados em
relação à avaliação do risco de queda?”.
Procedeu-se a uma investigação quantitativa de caráter exploratóriodescritivo,
de natureza transversal, com base numa amostra não
probabilística, e de conveniência, constituída por 182 clientes admitidos
nos serviços de Cirurgia B, Cirurgia C e Ala I da Unidade Local de Saúde de
Matosinhos, E.P.E (ULSM, E.P.E).
Em síntese, pretendeu-se comparar os resultados da avaliação do risco
de queda e dos fatores que constituem risco entre a avaliação dos
enfermeiros e do investigador; comparar as intervenções propostas e
realizadas pelos enfermeiros e as que seriam adotadas pelo investigador e a
perceção de necessidade de contenção física; analisar a conformidade dos
processos de monitorização, planificação e execução dos cuidados; propor
protocolo de prevenção de queda; propor contributos para a
operacionalização do modelo de SCE que potencialize as competências dos
enfermeiros na prevenção de quedas.
Procedeu-se à colheita de dados em quatro momentos: questionário de
caracterização sociodemográfica dos enfermeiros e de medidas adotadas
por estes, face à contenção física de clientes; questionário de avaliação do
risco de queda pelo enfermeiro responsável pelo cliente; observação
participante; análise documental de dados do processo clínico informático
SClínico – registos de enfermagem.
Da análise efetuada, conclui-se que existe necessidade de formação no
âmbito do risco de queda e de medidas de contenção física, uma vez que se
detetaram inconformidades na monitorização do risco de queda, nas
intervenções referidas como implementadas comparativamente à
observação, à documentação realizada e às reais necessidades dos clientes.
É crucial uma tomada de atenção mais efetiva sobre os fatores de risco
de queda, tendo-se constatado diferenças relevantes na avaliação do
enfermeiro e do investigador. Identificou-se, também, os fatores que
constituem maior risco de queda para os clientes que integram a amostra,
sendo eles o Andar com dispositivo médico, o uso de Medicação com
atuação ao nível do sistema nervoso central e as Alterações visuais e
auditivas.
Na identificação dos cuidados de enfermagem prestados aos clientes
constatou-se que, na sua maioria, as intervenções se direcionam para a
gestão do ambiente físico e avaliação do risco de queda, encontrando-se
disparidades entre o que os enfermeiros referem executar e o que realizam
e documentam. Contudo, verificou-se correspondências nas intervenções
selecionadas, entre o enfermeiro e o investigador.
Terminamos propondo um protocolo para prevenção de quedas.
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Keywords
Supervisão Clínica em Enfermagem Qualidade dos Cuidados Quedas