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- Insucesso e abandono escolar precocePublication . Silva, Cristina Gomes da; Pinto, JorgeNuma sociedade em que a “forma escolar” se impõe em quase todas as dimensões da vida dos indivíduos, quem não estiver à altura de se apropriar dela e de bem manuseá-la acaba por viver um sentimento de exclusão que dificilmente será apagado. Aeste sentimento acresce um outro de frustração relativamente ao facto de ser claro para os estudantes e para as respetivas famílias que tal facto terá como efeito, a prazo, o desenvolvimento de situações de difícil integração social. O prolongamento da escolaridade obrigatória, bem como a obrigatoriedade de frequentar a escola foram/são medidas imprescindíveis para garantir a democratização do acesso mas a realidade impede-nos de assumir tranquilamente que por ser obrigatório está conseguido. Não está! Os números relativos ao abandono escolar precoce, por exemplo, dizem-nos que ainda há muito para fazer. Sabemos que constitui a etapa final deumprocesso de insucessos repetidos e tidos como irremediáveis e irrecuperáveis. Porumlado, do ponto de vista dos alunos, antes de ser físico, visível e estatisticamente mensurável, o abandono escolar é psicológico e sinal de um processo de não apropriação dos códigos da escola. É sinal de resistência, afinal, visto que só muito tempo depois de se detetarem os primeiros sinais de dificuldade se regista a quase “confissão”, abandonando, porque não se é capaz. Por outro lado, partindo do princípio de que a relação pedagógica é necessariamente interativa podemos perguntar até que ponto a escola não os abandonou primeiro. Propomo-nos apresentar aqui alguns resultados do Projeto Erasmus+, Too Young to Fail, um projeto de investigação-ação a decorrer e realizado por cinco parceiros (Itália, Reino Unido, Holanda, Espanha e Portugal), sobre práticas educativas que previnam situações de abandono escolar precoce.