EM - IUEM - Instituto Universitário Egas Moniz
Permanent URI for this community
Browse
Browsing EM - IUEM - Instituto Universitário Egas Moniz by Subject "2,5-Hexanodiona"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Doenças neurodegenerativas associadas à exposição ao n-HexanoPublication . Reis, André Miguel Souto; Torres, Maria Edite da Silva OliveiraSendo o controlo e prevenção da exposição humana a produtos químicos neurotóxicos uma área importante de pesquisa que certamente contribui para a promoção da saúde pública, pretende-se com esta dissertação estudar a neurotoxicidade induzida pelo nhexano. Deste modo, nesta revisão científica bibliográfica pretende-se apresentar as consequências da exposição crónica a este solvente, a qual induz neuropatias periféricas classificadas como atrofia axonal no sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periféricos (SNP) tanto em seres humanos como em animais. O principal composto responsável por esta neurotoxicidade é o seu metabolito, a 2,5-hexanodiona (2,5-HD) que a nível do organismo forma compostos pirrólicos através da ligação seletiva desta γ-dicetona a grupos amina do aminoácido lisina existentes nas proteínas de determinados neurofilamentos axonais. Após a formação destes compostos podem ocorrer alterações a nível da estrutura dos axónios e consequentemente da sua função. Estas alterações bioquímicas podem ser detetadas recorrendo a biomarcadores de exposição e de efeito, 2,5-HD e 2,5-dimetilpirrol (2,5-DMP) respetivamente. A presença destes aductos pirrólicos pode ser associada a certas patologias neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, através, por exemplo, da promoção da peroxidação lipídica. Além destas patologias, podem ainda surgir efeitos tóxicos tanto a nível reprodutivo como ocular. Assim, os efeitos neurotóxicos observados após a exposição ambiental/ocupacional ao nhexano refletem alterações neurocomportamentais que podem ser avaliadas de modo a rastrear o desenvolvimento progressivo da neurotoxicidade deste solvente durante a exposição a longo prazo. Para tal é utilizada uma bateria de testes de observação funcional, os quais são bastante sensíveis e permitem detetar alterações progressivas a nível das disfunções motoras em função do tempo de exposição.