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- Relatório de estágio em ultrassonografia cardíaca no serviço de cardiologia pediátrica do hospital pediátrico de CoimbraPublication . Coelho, Eudita Marques; Pereira, Telmo António dos SantosO presente relatório de estágio, é desenvolvido no âmbito do primeiro Mestrado em Fisiologia Clínica na área de Especialização em Ultrassonografia Cardíaca e Função Vascular, da Escola Superior de Tecnologia de Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra. O estágio foi desenvolvido no Serviço de Cardiologia Pediátrica e Centro de Referência em Cardiopatias Congénitas do Hospital Pediátrico de Coimbra durante 3 meses, concluindo um total de 364 horas. O Hospital Pediátrico de Coimbra é um Hospital público do Serviço Nacional de Saúde, membro integrante da Unidade Local de Saúde de Coimbra. As doenças cardiovasculares são hoje integradas nos problemas de saúde mais evidentes em todo mundo, tendo afetado consideravelmente, os países africanos. A doença cardíaca congénita (DCC) é um grande problema nos países de renda média-baixa no continente africano (Jivanji, et al., 2019). Anualmente estima-se que nasçam em África 500.000 crianças com doença cardíaca congénita, sendo a maior parte pertencente aos países da África Subsariana (Zimmerman et al., 2013). A ultrassonografia cardíaca é uma técnica de diagnóstico não invasiva, que fornece informação sobre a estrutura e a hemodinâmica do fluxo sanguíneo, dentro do coração. É um exame de excelência para o diagnóstico e seguimento de muitas doenças cardiovasculares, principalmente as cardiopatias congénitas. O diagnóstico e tratamento destas doenças, está hoje muito dependente de tecnologias que são de uso comum nos países desenvolvidos, mas que não existem na maioria dos países africanos. Por essa razão, a maior parte dos doentes não são diagnosticados e tratados. São Tomé e Príncipe, um país que pertence aos países de Africa Subsariana, tem um perfil epidemiológico, segundo os registos do Sistema de Informação Sanitária (SIS), no qual as doenças cardiovasculares, têm assumido a maior relevância. Assim sendo, adquirir conhecimentos no diagnóstico das cardiopatias, é de extrema importância. Neste sentido, a realização deste estágio profissional no âmbito do mestrado na Fisiologia Clínica, na especialização de Ultrassonografia Cardíaca, teve como objetivo,melhorar os meus conhecimentos e desenvolver competências a fim de dar respostas em termos de diagnóstico de cardiopatias, principalmente as cardiopatias congénitas. A elaboração deste relatório de estágio, tem como finalidade, caracterizar e descrever as atividades desenvolvidas e competências adquiridas durante a sua realização.
- Preclinical evaluation of the nutraceutical potential of blueberry-based antioxidant fiber in experimental multiple sclerosisPublication . Rodrigues, Beatriz Antunes; Viana, Sofia Andreia Domingues; Reis, Flávio Nelson Fernandes; Ferreira, Ana Carolina MarquesA Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune do Sistema Nervoso Central (SNC), que se manifesta através do cérebro e da medula espinal, desencadeando perturbações motoras e não motoras na fase prodrómica, inclusive gastrointestinais. A hiper-reactivade das células T relativamente aos auto-peptídeos da mielina ocorre após a ativação das mesmas nos tecidos periféricos, nomeadamente a nível intestinal. Os linfócitos T e B periféricos originam um padrão inflamatório robusto no SNC e, consequentemente, mecanismos de autorreparação, proliferação e diferenciação das células progenitoras dos oligodendrócitos, tornando-se ineficazes para ultrapassar a desmielinização. Cerca de 70% dos fatores de risco da doença possuem origem não genética: dieta e a disbiose da microbiota intestinal, reconhecida como um dos principais fatores de risco ambiental, para a suscetibilidade e progressão da doença. Os polifenóis, devido às suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e pré-bióticas, apresentam efeitos promotores de saúde. Os dados clínicos demonstram os efeitos positivos das intervenções dietéticas no controlo da sintomatologia e da recidiva da EM. Por exemplo, as dietas à base de plantas com um teor enriquecido em polifenóis e/ou pré-bióticos/probióticos atuam em compartimentos do eixo intestino-cérebro, mantendo uma microbiota simbiótica saudável, aumentando a tolerância à autoimunidade, reduzindo o stress oxidativo, a inflamação e, por último, melhorando o bem-estar do doente. A reversão da disbiose da microbiota através de antioxidantes e de pré-bióticos é uma estratégia terapêutica emergente para o controlo da EM. Em particular, os constituintes das plantas do mirtilo demonstram reduzir a severidade da doença em diferentes contextos patológicos e exercer efeitos pleiotrópicos benéficos. O objetivo desta dissertação centra-se na avaliação do potencial nutracêutico de uma intervenção com fibras antioxidantes à base de mirtilo, denominada biomassa BB, nas perturbações do eixo intestino-cérebro observadas num modelo experimental de EM: murganhos adultos C57BL/6 induzido por cuprizona. BB foi administrada diariamente por via oral (500 mg / kg) da semana 2.5 à 5 (CpzW5 + BB) ou à 7 (CpzW7 + BB). Estas experiências receberam aprovação (# 12/2018) do Órgão de Bem-Estar Animal (ORBEA) local (iCBR-FMUC). Relativamente à inflamação do cólon, a BB não pareceu proteger contra a perda de células caliciformes, nem prevenir a hiperplasia (coloração de Hematoxilina e Eosina), mas reduziu significativamente a inflamação intestinal nas fases de desmielinização e remielinização. Nas caraterísticas fisiopatológicas da EM, observou-se que a biomassa não protege contra a desmielinização (coloração de Kluver Barrera), demonstrando não ser benéfica num episódio de surto. Contudo, na fase de remielinização, parece melhorar a recuperação, tendência esta corroborada por técnicas experimentais complementares. Além disso, observou-se ainda que a biomassa promove substancialmente a reatividade da microglia, refletida em termos de aumento do número e comprimento dos processos, e do número de extremidades (microscopia confocal). Enquanto na fase de desmielinização não foram observadas diferenças. Este padrão manteve-se consistente em todas as regiões cerebrais analisadas. Em resumo, este estudo realça o potencial nutracêutico da BB na modulação do eixo intestino-cérebro, com o objetivo de aumentar a eficiência da remielinização. Serão necessários mais estudos para aprofundar estas hipóteses e para melhor elucidar os mecanismos subjacentes aos efeitos observados.
- Intervenções autónomas do enfermeiro especialista na via verde do AVCPublication . Vale, DianaEnquadramento: O AVC é considerado a principal causa de incapacidade no mundo e a segunda principal causa de morte sendo que o risco vitalício de desenvolver um AVC aumentou em 50% nos últimos 17 anos. O enfermeiro especialista tem um papel fulcral no atendimento ao utente vítima de AVC, desde o momento de inicio de sintomatologia, com a ativação das equipas de emergência pré-hospitalar, assim como, ao longo de todo o processo no serviço de urgência desde a triagem ao acompanhamento em sala de emergência e posterior encaminhamento para os serviços especializados para realizar o tratamento endovascular e/ou internamento em Unidades de AVC. Objetivo: Explorar e descrever quais as intervenções autónomas do enfermeiro especialista na Via Verde do AVC. Metodologia: Estudo qualitativo, exploratório e descritivo, com recurso a Focus Group, como técnica de recolha de dados, sendo utilizada a estratégia do "funil", partindo da questão orientadora: "Quais as Intervenções Autónomas do Enfermeiro Especialista na Via Verde do AVC?". Resultados: A importância do enfermeiro especialista em EMC no Serviço de Urgência foi amplamente discutida durante o Focus Group, onde os enfermeiros compartilharam as suas perceções e experiências. Desta forma, a autonomia do enfermeiro especialista é um elemento-chave para a melhoria dos cuidados em saúde. A capacidade de avaliar, intervir, documentar e comunicar de forma independente não só otimiza a resposta em situações críticas, mas também promove uma abordagem centrada no utente e na família e/ou cuidador. O fortalecimento dessa autonomia é essencial para que a enfermagem continue a avançar como uma profissão que não só salva vidas, mas também proporciona cuidados personalizados e de qualidade, refletindo uma prática baseada em evidências e uma compreensão holística do ser humano. Conclusão: A análise dos dados obtidos revela uma forte consciência e valorização das intervenções autónomas dos enfermeiros especialistas em EMC na Via Verde do AVC. Os participantes destacam a importância de uma avaliação inicial precisa e a capacidade de realizar intervenções críticas, como a administração de medicamentos e a monitorização de sinais vitais, sem depender exclusivamente de ordens médicas. Essa autonomia poderá melhorar a qualidade dos cuidados prestados, mas também contribuir para a prevenção de complicações graves e a promoção de resultados mais favoráveis para os utentes.
- Intervenções do enfermeiro na autogestão da pessoa com estoma de eliminaçõa intestinalPublication . Teixeira, MariaEnquadramento: A pessoa com estoma de eliminação atravessa uma transição complexa, com mudanças nas suas dinâmicas diárias, pelo que merece toda a atenção por parte dos profissionais de saúde, particularmente dos enfermeiros. O enfermeiro poderá potenciar comportamentos de autogestão, sendo decisivo na mudança comportamental e nos processos adaptativos necessários à vida com doenças crónicas. Objetivo: Mapear a evidência existente sobre as intervenções do enfermeiro na autogestão da pessoa com estoma de eliminação intestinal. Metodologia: Revisão scoping com base na estratégia metodológica do Instituto Joanna Briggs (JBI): População (adultos com estoma de eliminação intestinal): Conceito (intervenções do enfermeiro na autogestão); Contexto (todos os contextos da prática). A pesquisa realizou-se nas bases de dados CINAHL Complete, MEDLINE Complete, Cochrane Plus Collection, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive; Library, information Science & Technology Abstracts, bem como em fontes de literatura cinzenta, os Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), entre julho e agosto de 2024. Foram incluídos estudos com foco em adultos (> 18 anos) com estoma de eliminação intestinal, sem limite temporal. Os resultados apresentaram-se sob forma de tabela de extração de dados. Resultados: 5 estudos cumpriram critérios, tendo sido incluídos na revisão. Na sua generalidade, apesar de metodologias distintas (4 estudos primários e uma revisão sistemática da literatura), todos os estudos demostraram resultados positivos e promissores na autogestão da pessoa com estoma de eliminação intestinal, após implementação das intervenções de enfermagem com o intuito de desenvolver esta competência. Conclusão: Na literatura, autogestão e autocuidado fundem-se e são, muitas vezes, encarados como sinónimos, havendo confusão no impacto das intervenções de enfermagem. A evidência demostra que a autogestão, implica o desenvolvimento da competência de autocuidado. Por outro lado, a heterogeneidade de intervenções identificadas, não permite estabelecer uma relação de causalidade na autogestão eficaz. O desenho dos estudos, sem randomização das amostras, pode excluir população importante, e, por conseguinte, poderá haver necessidade de intervenções distintas para o mesmo objetivo, mas populações diferentes. Assim, afigura-se como uma necessidade a colmatar, o desenvolvimento de estudos e programas de intervenção que estudem as práticas eficazes na autogestão da pessoa com estoma de eliminação intestinal, com fundamentação teórica bem definida.