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- Mulheres com linfedema pós cirurgia a cancro de mama: auto-perceção dos efeitos da fisioterapia na qualidade de vida e na funcionalidadePublication . Gonçalves, Márcia; Duarte, Nuno; Vieira, Ana IsabelIntrodução: as consequências adversas do linfedema pós cirurgia a cancro da mama são hoje bem conhecidas e causam uma considerável incapacidade, com impacto debilitante na qualidade de vida (QdV) e na Funcionalidade. A fisioterapia (FT) intervém nesta patologia, revelando um papel fundamental no acompanhamento pós-operatório ao cancro de mama e tendo vindo a demonstrar resultados positivos na melhoria da QdV e no aumento da Funcionalidade. Objetivo: analisar o modo como a FT é compreendida pelas doentes com linfedema pós cirurgia a cancro da mama e perceber qual a relação que estabelecem entre a prestação destes cuidados e a sua QdV e Funcionalidade. Métodos: estudo pré-experimental, sem grupo de controlo, com uma amostra de 35 mulheres com linfedema pós cirurgia a cancro de mama. A recolha de dados foi realizada no Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG). Pressupôs o preenchimento de um questionário sociodemográfico e clínico, de escalas para avaliação da QdV (LYMQOL), Funcionalidade (DASH) e graduação da dor/desconforto (EVN), em 2 momentos distintos, antes e após o términus dos tratamentos de FT, altura em que foi também aplicada uma escala de Likert para avaliar a auto-perceção da FT na QdV e Funcionalidade. Todos os cálculos foram efetuados com recurso ao SPSS, versão 27®, utilizando-se a estatística descritiva para caraterização da amostra e testes paramétricos para avaliar a possível associação entre as variáveis em estudo. O nível de significância utilizado no estudo foi de 5%. Resultados: Após a intervenção da FT, verificou-se uma melhoria da Funcionalidade (DASH p=0.046), da QdV (com diminuição do valor médio dos scores das várias dimensões da LYMQOL, com resultados estatisticamente significativos para a função - p=.011; sintomas - p<0.001 e estado de espírito - p=.015) e na variável dor/desconforto (EVN p<0.001). Confirmou-se uma relação entre as variáveis QdV e Funcionalidade, havendo tendência para quanto pior a funcionalidade, pior a QdV. Por fim, as doentes referiram resultados positivos nos vários domínios, considerando de uma forma geral, que houve contributo da FT na sua melhoria. Conclusão: os resultados sugerem que a FT contribuiu para a melhoria da QdV e para o aumento da funcionalidade, bem como na melhoria da imagem corporal/aparência, dos sintomas/incapacidade, do estado de espírito e da prática laboral das mulheres com linfedema pós cirúrgia a cancro de mama. Foi ainda possível confirmar que estas doentes têm uma perceção favorável em relação à efetividade da FT sobre a sua funcionalidade e QdV efetivas, em diversos domínios que a compõem.
- Diferenciação e Adaptação do Currículo para alunos com medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão no 1. º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Ferreira, Inês Cristina Palhinhas Moreira; Panaças, Luísa; Marchão, AméliaA presente dissertação surge no âmbito do Mestrado em Educação Especial – Domínio Cognitivo e Motor e visa a obtenção do grau de mestre. As Escolas são contextos pautados por uma grande heterogeneidade de alunos. Os diferentes ritmos de aprendizagem e de trabalho que coexistem nas salas de aula exigem a organização de propostas pedagógicas que respeitem esses ritmos e a seleção de metodologias e estratégias de ensino que auxiliem e cativem todos os alunos para a aprendizagem. Isto implica que a Escola e os professores se organizem de modo a que as suas respostas educativas contemplem a especificidade de cada aluno. Nesta perspetiva, a diferenciação pedagógica surge como um recurso valioso colocado à disposição dos docentes por forma a assegurar o processo de inclusão numa Escola Inclusiva. Assim sendo, este estudo teve como principal objetivo perceber como é que a problemática da diferenciação pedagógica é entendida e realizada em contexto de sala de aula em turmas do 1.º Ciclo do Ensino Básico visando a inclusão de alunos com Medidas de Suporte à Aprendizagem e à Inclusão (MSAI). Ao nível empírico optou-se pela realização de um estudo de natureza qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas a oito Professores Titulares de Turma de uma escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico do Alto Alentejo. A partir da análise de conteúdo do discurso dos professores, procurou-se compreender como implementam a diferenciação pedagógica nas turmas que lecionam. O estudo teve como principais referentes teóricos-conceptuais a literatura científica produzida tanto em Portugal como no estrangeiro, sobre as temáticas em estudo e o quadro legislativo atualmente em vigor no sistema educativo português. Esta investigação permitiu compreender a importância e modos de aplicação da diferenciação pedagógica no 1.º Ciclo do Ensino Básico, assim como identificar potencialidades e obstáculos emergentes da sua aplicação, reforçando a adequação desta estratégia uma vez que permite respeitar os diferentes ritmos de aprendizagem, possibilita uma efetiva participação de todos e favorece a superação de dificuldades individuais.