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- A profissão polícia: uma nova lógica socioprofissional e organizacional - o caso da PSP do distrito de BejaPublication . Poiares, Nuno Caetano Lopes de BarrosNa presente investigação o autor propõe-se satisfazer as condições definidas pela Universidade de Évora para a obtenção do grau de Mestre em Sociologia, área de especialização em Recursos Humanos e Desenvolvimento Sustentável. Vivemos num mundo em que a capacidade de adaptação das Organizações aos sinais exteriores de mudança é, para lá do desafio que encerra, um verdadeiro imperativo estratégico. De facto, “num período de mutação tão profunda, enquanto as práticas e os modos de raciocínio com os quais vivemos parecem cada vez mais inadaptados, a nossa tarefa não pode ser mais a conservação e o melhoramento, mas deve ser a renovação e mesmo a invenção.” (Crozier, 1994: 164). Uma força de segurança como a PSP, apesar da sua natureza de serviço público, não deve igualmente excluir-se do processo de adaptação às mutações societais, sobretudo porque é um corpo constituído por pessoas, também elas munidas de uma visão cada vez mais crítica, prospectiva e reflexiva, o que obriga a Organização a executar uma visão de futuro (Cunha et al., 2001), através da implementação de um plano de acção que vise a melhoria da qualidade do serviço que se presta ao cliente/cidadão e re-equacionando o seu quadro de representação socioprofissional. Na linha de pensamento de Alain Duluc, “a procura permanente da satisfação do cliente e dos seus novos desejos levam a empresa a modificar a sua organização. O importante já não é a gestão dos homens, mas a gestão dos processos. Nessa evolução, a organização modifica-se.” (Duluc, 2000: 33). Mas esta estratégia deve assentar sobretudo – sem ferir o princípio da hierarquia que deve nortear uma organização com regras e códigos muito enraizados – numa política de motivação e de apelo ao envolvimento de todos os actores internos pois, “como refere um velho provérbio chinês, «não se pode esculpir em madeira podre».” (Lloyd e Lloyd, 1995: 31). É neste contexto conceptual que se localiza a presente investigação, surgindo como um contributo sensibilizador que visa, em primeira linha, melhorar a política de GRH na PSP, tendo como pano de fundo o domínio da sociologia das profissões, consubstanciando um documento de apoio à decisão. No entanto, é fundamental perceber como é que os diversos actores – internos e externos – percepcionam e analisam a instituição, culminando na configuração da representação socioprofissional da polícia, assente numa reflexão relativamente à capacidade de adaptação organizacional e ao papel da polícia no novo enquadramento societal. No seguimento deste raciocínio optei pela análise do caso da PSP do distrito de Beja, por motivos que serão esclarecidos durante a investigação, mas que se devem essencialmente ao meu conhecimento profundo desta realidade. O esqueleto estrutural do presente estudo foi construído com um sentido lógico e materializando uma complementaridade entre as diversas partes que o compõem: uma breve introdução inicial traça os contornos que circunscrevem a investigação, as mudanças que têm ocorrido na sociedade portuguesa, os mecanismos da PSP de adaptação à nova realidade; e a pertinência e os objectivos da investigação. Num segundo capítulo é tecida uma necessária componente teórica em torno do surgimento da sociologia das profissões, enquanto área especializada da sociologia, e de conceitos fundamentais para a compreensão do presente tema, nomeadamente profissão, representação socioprofissional e identidade profissional. No terceiro capítulo é apresentada uma visão diacrónica, mas meramente elucidativa, da história da polícia portuguesa; seguindo-se uma incursão às tendências paradigmáticas em matéria de intervenção policial; culminando na caracterização dos profissionais do Comando de Polícia de Beja e na abordagem a experiências desenvolvidas, na senda do espírito do policiamento comunitário, neste caso em concreto. No quarto capítulo são tratadas as questões de foro metodológico, no sentido de clarificar as opções enveredadas, os obstáculos epistemológicos que tiveram de ser ultrapassados, o porquê dos caminhos traçados, a caracterização dos inquiridos, os procedimentos na preparação e execução das entrevistas, e os cuidados no tratamento e redução dos dados. Posteriormente segue-se o quinto capítulo onde se procede a uma dissecação e interpretação do teor das entrevistas realizadas, transcritas num total de duzentas e vinte páginas, através das quais se conseguiu captar o sentido escondido nas palavras dos inquiridos, com base numa extracção metódica transposta para grelhas sistematizadoras que, num capítulo final, permitiram apresentar as grandes conclusões e propor recomendações de acção. O objectivo geral definido para a presente investigação é, como já foi referido, contribuir para uma melhoria das políticas de gestão de recursos humanos na PSP, através das repercussões, que as linhas orientadoras emanadas neste documento, poderão gerar na organização policial, sobretudo na opção de novos rumos estratégicos no âmbito das políticas de recursos humanos. Nessa perspetiva, pretendo alcançar os seguintes objectivos específicos: caracterizar os profissionais que exercem funções policiais no distrito de Beja; perceber qual é a representação socioprofissional da polícia na óptica interna; e descortinar qual é o papel atual da polícia face as mudanças sociais.
- Homens de classe: masculidade e posições sociaisPublication . Marques, António Manuel; Amâncio, LígiaEsta comunicação baseia-se numa parte de um projeto de pesquisa sobre os processos da construção social da masculinidade em contextos de dominância numérica e simbólica masculina e nas especificidades da identidade masculina que emergem nestes contextos. Nesta pesquisa, assumimos que os grupos profissionais com predomínio numérico de homens definem, provavelmente um contexto privilegiado para a observação da construção social da masculinidade e, ao mesmo tempo, evidenciam uma possível coincidência com a construção da feminilidade enquanto "outro". Nesta comunicação, e valorizando o facto de as quatro profissões envolvidas serem detentoras de capitais escolares e prestígio social diferenciados, realizamos uma análise comparativa que questiona a importância das posições de classe nos processos de construção das identidades profissionais e da masculinidade, aprofundando a relação entre os universos profissionais e a masculinidade hegemónica.
- Evolução da população idosa em Portugal nos próximos 20 anos e seu impacto na sociedadePublication . Santos, José; Penalva, Helena Alexandra Couceiro Feio de AlmeidaPortugal está a tornar-se num país envelhecido. O peso dos idosos e dos grandes idosos na estrutura populacional, tem vindo a aumentar de forma significativa, devido por um lado à diminuição dos nascimentos e por outro ao aumento da esperança de vida. Esta redefinição da estrutura etária tem diferentes implicações: exige políticas sociais que permitam fazer face à nova realidade e onde a saúde e o apoio social terão de ser redimensionados; em termos económicos leva a um esforço acrescido da segurança social, com o pagamento de reformas e também com os serviços especializados destinados a este grupo populacional. A nível social há ainda outras implicações no âmbito da exclusão social, solidão e pobreza. No sentido de perceber a verdadeira dimensão desta nova realidade, a presente comunicação tem como objectivo geral, analisar a evolução do peso dos idosos na estrutura etária da população portuguesa e prospectivar a sua evolução por grupos de idades para os próximos 20 anos. De seguida, e com base nos valores encontrados, tecemos algumas considerações relativas ao peso dos idosos na população e às implicações a nível de segurança social e reformas, bem como de infraestruturas de apoio.
- The effectiveness of combined aerobic and resistance in patients with chronic obstructive pulmonary diseasePublication . Pereira, Ângela; Santa-Clara, Helena; Simões, Sérgio; Meneses, Fernando; Vieira, Jorge; Remédios, Índia; Cabri, Jan; Fernhall, Bo
- D. António Luís de Sousa : 2.º Marquês das MinasPublication . Leal, João Luís RodriguesD. António Luís de Sousa foi um dos mais eminentes protagonistas da história militar de Portugal, pois obteve feitos inigualáveis, não devendo a formação de sucessivas gerações de líderes ser alheia a tão insigne figura. 0 2º Marquês das Minas, como militar e como patriota, constituiu-se como arquétipo de referência e exemplo de generosidade, coragem, honra e engenho; qualidades que ainda hoje cunham os melhores vultos da nossa história. Que a personalidade de D. António Luís de Sousa deixe esculpido no vosso curso um vinculo indissipável que sirva de catalizador de coesão e camaradagem, e que a evocação do seu exemplo vos permita arrostar as adversidades que se vos depararão ao longo da carreira que acabaste de abraçar. Cadetes do curso de entrada na Academia Militar no ano lectivo 2004-2005, por tudo aquilo que foi escrito e dito, podeis e deveis dizer com inusitado orgulho: «O patrono do nosso curso é D. António Luís de Sousa, o 2º Marquês das Minas».
- O paradoxo micro-macro da eficácia da ajuda: morto ou vivo?Publication . Moreira, Sandrina BerthaultA presente comunicação tem um duplo objectivo. Em primeiro lugar, visa dotar o investigador de um quadro-síntese sobre os estudos econométricos que deram relevo à questão da eficácia da ajuda (em termos de crescimento económico), utilizando uma abordagem cross-country. Esta ferramenta de apoio abrange desde os primeiros estudos realizados na década de setenta até aos últimos desenvolvimentos na área e apresenta uma breve descrição de cada estudo em análise (incluindo principais resultados e conclusões). Como segundo objectivo deste trabalho, propõe-se fazer uma análise global dos estudos acima referidos e respectivos resultados. Tendo em consideração o quadro teórico de base e os procedimentos metodológicos e econométricos mais comuns, identificam-se duas gerações de estudos cross-country da relação ajuda-crescimento. Os resultados da primeira geração de estudos contrastam com os obtidos pelos estudos mais recentes, ao não validarem, de forma consistente, o efeito positivo e estatisticamente significativo da ajuda no crescimento dos PVD, dando, desta forma, fundamento ao paradoxo micro-macro. Uma reavaliação dos resultados sugere que a afirmação é excessiva, pelo que em conjugação com os resultados satisfatórios da segunda geração de estudos, se pode concluir que o paradoxo micro-macro deixa de fazer sentido enquanto resultado da avaliação empírica da eficácia da ajuda.