Browsing by Author "Trindade, Laura Pagaimo"
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- (Con)viver com a demência: o papel da estimulação cognitiva na qualidade de vida dos idosos institucionalizados na AMITEIPublication . Trindade, Laura Pagaimo; Moisão, Ana Carina Henriques TeodósioO aumento da esperança média de vida constitui um marco significativo na evolução da humanidade, trazendo consigo desafios que a sociedade tem de enfrentar. A demência surge como uma das principais adversidades neste contexto, exigindo soluções que mitiguem os seus impactos e assegurem o bem-estar dos idosos. Estudos destacam a complexidade das vivências dos idosos e a importância de abordagens que promovam a sua qualidade de vida. A estimulação cognitiva revela-se uma estratégia eficaz, uma vez que atividades direcionadas podem melhorar substancialmente a memória e a cognição, favorecendo assim uma qualidade de vida superior para os idosos institucionalizados (Martinho, 2018). O presente estudo teve como objetivo principal avaliar e aprimorar a performance cognitiva de idosos institucionalizados com demência e com declínio cognitivo leve, através da implementação de um programa de estimulação cognitiva. Este projeto utiliza uma metodologia observacional e quantitativa. Para tal, foram selecionados dois instrumentos de avaliação: o Questionário Sociodemográfico e o Mini Mental State Examination (MMSE), complementados por uma grelha de observação direta para o registo das sessões. A amostra foi composta exclusivamente por mulheres (n=6), com idades compreendidas entre 80 e 91 anos (DP=3.472). Todas as participantes eram viúvas e as suas experiências profissionais abrangeram os setores dos serviços (50%, n=3), agricultura (16,7%, n=1) e indústria (33,3%, n=2), refletindo as oportunidades limitadas ao longo das suas vidas. Em relação à escolaridade, 33, 3% (n=2) completaram o ensino primário, 33,3% (n=2) o concluíram parcialmente, e 33,3% (n=2) eram analfabetas. Metade das participantes (50%, n=3) recebia pensões e complementos, enquanto as restantes dependiam exclusivamente da pensão de sobrevivência (50%, n=3). A maioria (83,3%, n=5) residia em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI), enquanto uma participante mantinha maior autonomia ao frequentar um Centro de Dia. Os resultados evidenciaram que a estimulação cognitiva não só melhorou a memória e a cognição das participantes, como também teve um impacto positivo no seu bem-estar e autonomia. Houve um aumento significativo na capacidade de interação social, reforçando a necessidade de intervenções adaptadas às especificidades desta população e a importância de políticas públicas que assegurem cuidados adequados e acessíveis aos idosos. O estudo conclui que programas de estimulação cognitiva devem ser amplamente implementados em instituições, contribuindo assim para o envelhecimento ativo e saudável desta população vulnerável.
