Browsing by Author "Sousa, Diana Julia Dias Paulo Ferreira de"
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- Monitorização da temperatura corporal do doente crítico, em cuidados intensivos: Da evidência à prática clínica de enfermagemPublication . Sousa, Diana Julia Dias Paulo Ferreira de; Nogueira, Maria NilzaContextualização: A avaliação da temperatura corporal é uma intervenção executada frequentemente, pelos enfermeiros nos cuidados intensivos. Os enfermeiros, na sua tomada de decisão, determinam o método de avaliação, baseado em múltiplos fatores, no entanto, pela observação da prática clínica, verifica-se que a priorização destes fatores, nem sempre espelha o rigor necessário à avaliação. São objetivos deste estudo: i) determinar a fiabilidade dos métodos de avaliação da temperatura corporal no doente crítico e ii) determinar a precisão de quatro métodos não invasivos de avaliação da temperatura, em comparação com o método “gold standard” (termómetro esofágico). Metodologia: Estudo de cariz quantitativo, descritivo-correlacional, desenvolvido num serviço de medicina intensiva de um hospital do norte de Portugal, com um método de amostragem não probabilístico e uma amostra de conveniência de 65 avaliações, em 30 doentes internados. Para a recolha de dados, construiu-se um instrumento com base na revisão da literatura, constituído por variáveis sociodemográficas e clínicas e uma base de registo das diferentes medições da temperatura corporal, utilizando cinco métodos de avaliação (esofágico, timpânico, axilar, pele-virilha, infravermelhos-frontal). Para a análise dos dados recorreu-se ao Software informático IBMÒ SPSSÒ, versão 24, utilizando-se estatística descritiva e inferencial. O estudo respeitou os princípios éticos de investigação em saúde. Resultados: Os resultados traduzem concordância entre as avaliações da temperatura corporal realizadas pelo mesmo operador, nos dois momentos, com valores de coeficiente de correlação intraclasse superiores a 0,95, valor considerado excelente, demonstrando a fiabilidade das avaliações. Ao comparar os quatro métodos não invasivos com o método esofágico, os resultados mostram diferenças estatísticas significativas na variação da temperatura dos cinco métodos nos dois momentos, M1: F(10,479; 203,005)=10,479; p<0,001); M2: F(3,554;227,482)=10,300; p<0,001) e diferenças estatísticas entre os valores da temperatura esofágica quando comparada com a timpânica e com a axilar, mas sem diferenças estatísticas entre as médias de temperatura do esófago, comparadas com as temperaturas avaliadas na região frontal e na virilha, traduzindo maior concordância destes dois métodos de avaliação com método de referência (esofágico). Conclusão: Os resultados do estudo, apesar de espelharem semelhanças com outros estudos, integram uma amostra de avaliações possíveis reduzida, que não possibilita assumir sustentadamente a maior precisão do método de avaliação frontal com infravermelhos e do sensor de pele na virilha, comparativamente à avaliação axilar e timpânica. Perspetiva-se a necessidade de alargar a amostra a fim de validar com segurança os resultados atuais.