Browsing by Author "Soares, Ana Maria Henriques"
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- Vacinar’te: desafios da vacinação em contexto escolar: sarampo e poliomielite, estratégias para prevenção da reemergênciaPublication . Soares, Ana Maria Henriques; Canhestro, Ana Maria Grego Sobral DiasEste relatório expõe o percurso de aprendizagem no âmbito da unidade curricular ‘Estágio’ que decorreu numa Unidade de Saúde Pública do sul do país, pretendendo apresentar uma perspetiva de análise reflexiva da prática. Enquadrado no campo de ação da Enfermagem Comunitária e de Saúde Pública do Curso de Mestrado, recorreu-se à metodologia do Planeamento em Saúde. Pretende-se que o projeto de intervenção comunitária desenvolvido, contribua para colmatar as necessidades identificadas no âmbito da problemática ‘baixa cobertura vacinal das crianças inscritas no 2o ano do 1o ciclo do parque escolar de um concelho do sul do país’. Em outubro de 2022 a OMS alertou para um acentuado declínio nas taxas de vacinação em diferentes locais a nível mundial. A hesitação para vacinar, a relutância ou a recusa, apesar da disponibilidade da vacina, por um lado, e a indisponibilidade de vacinas e a redução de recursos alocados à vacinação de rotina, por outro, ameaçam reverter o progresso feito no combate às doenças evitáveis por imunização, ao longo de tantos anos. Considera-se a existência de um maior risco de reemergência de determinadas doenças evitáveis pela vacinação, em países com baixas coberturas vacinais (OMS, 2022). Perante conjunturas disruptivas como o conflito armado, atualmente em curso na Ucrânia entre outras, foram definidas em Portugal, prioridades de vacinação contra o sarampo e contra a poliomielite. O local escolhido para o desenvolvimento e aplicação do projeto foi um concelho do sul do país. Vivem no município 10 927 cidadãos estrangeiros com autorização de residência, o que corresponde a 36,8% do total da população (INE, INE | SEF/MAI, PORDATA, 2021). A dificuldade em localizar e conseguir um acompanhamento adequado a estas pessoas, a tendência crescente em outros países europeus de reemergência de doenças, aliado às taxas de cobertura vacinal de 2021 muito aquém relativamente a anos anteriores, justifica uma intervenção sustentada. Intervir ao nível da saúde escolar permite desenvolver competências na comunidade educativa, melhorando o seu nível de bem-estar físico, mental e social. Esta intervenção assume primordial importância, na medida em que a saúde escolar é o veículo da promoção da saúde na escola (DGS, 2006). O peso da vacinação na saúde pública é inegável, sendo considerada, entre todas as medidas, a que melhor relação custo-efetividade tem demonstrado, bem como a que tem exercido maior efeito na redução da morbilidade e mortalidade. É fundamental continuar a apostar num programa de vacinação coerente e sistemático, a nível mundial, contrariando os movimentos anti vacinação que têm surgido nos últimos anos. A promoção da literacia em saúde, capacitando os indivíduos, comprometendo-os para a responsabilização pela sua saúde numa perspetiva de bem comum, foram os objetivos que direcionaram este percurso.