Browsing by Author "Silva, Pedro Henrique Gonçalves"
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- Carga de trabalho dos enfermeiros de família relacionada com os cuidados à família no âmbito do papel parentalPublication . Silva, Pedro Henrique Gonçalves; Figueiredo, HenriquetaNo contexto dos cuidados de saúde primários (CSP) em Portugal, o enfermeiro de família assume a prestação de cuidados à família como unidade de cuidados, no âmbito do papel parental, promovendo a sua capacitação para o desempenho do mesmo. No exercício profissional, tem o dever de garantir a segurança e qualidade dos cuidados, de acordo com as dotações seguras dos cuidados de enfermagem, que contemplam a influência da carga de trabalho. Foi realizado um estudo para identificar as intervenções que os enfermeiros de família realizam no âmbito do papel parental, determinar o tempo gasto em cada uma dessas intervenções e no seu conjunto, e analisar a relação entre a composição familiar, classe social e perceção da funcionalidade da família e o tempo gasto nas intervenções realizadas. Trata-se de um estudo descritivo-correlacional, de natureza quantitativa, cuja amostra não probabilística acidental incluiu 170 famílias inscritas nas Unidades de Saúde Familiar (USF) e Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de um Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS), inserido numa Unidade Local de Saúde (ULS) da região norte de Portugal, a quem foi aplicado o formulário “IACTENFF – Consulta de Enfermagem à Família_CE”, entre Maio e Julho de 2021. Destacou-se uma maior intervenção dos enfermeiros de família na vertente do conhecimento do papel, sobretudo na avaliação do conhecimento e ensino sobre o desenvolvimento infantil e o padrão alimentar. Em média, foram necessários 20,46 minutos por consulta, para o enfermeiro de família realizar o conjunto de intervenções no âmbito do papel parental. Desse tempo, 13,53 minutos foram dedicados a intervenções sobre o conhecimento do papel, 5,28 minutos sobre comportamentos de adesão, 1,55 minutos sobre consenso, conflito e saturação do papel e 0,10 minutos sobre a adaptação da família à escola. As famílias com mais filhos e com filho mais velho com mais idade implicaram maior gasto de tempo do enfermeiro de família nas intervenções associadas aos comportamentos de adesão. No caso de famílias com nível socioeconómico superior, o tempo gasto pelo enfermeiro de família foi superior em todas as dimensões operativas do papel parental. Nas famílias com perceção de disfuncionalidade familiar, o enfermeiro de família gastou mais tempo para intervir sobre o “conhecimento do papel”, “comportamentos de adesão” e “consenso, conflito e saturação do papel”. Estes resultados podem contribuir para a construção de uma matriz orientadora de dotação segura para os enfermeiros de família.