Browsing by Author "Silva, Marta da Cunha"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Síndrome da boca ardente : uma análise retrospetiva de 10 anos numa população portuguesaPublication . Silva, Marta da Cunha; Azul, António ManoObjetivo: Estudar a incidência da Síndrome da Boca Ardente numa coorte de doentes de Medicina Oral numa Clínica em Lisboa, bem como as características clínicas, os possíveis fatores desencadeantes e as opções de tratamento utilizadas na amostra populacional estudada. Materiais e métodos: Análise descritiva retrospetiva (10 anos) da Síndrome da Boca Ardente (SBA) através dos registos clínicos dos doentes de uma Consulta de Medicina Oral na zona de Lisboa (Clínica Integrada de Medicina Oral – Doutores Pedro Trancoso e António Mano Azul). Nesta, foram incluídas informações sobre género, idade, local da lesão e diagnóstico clínico, tratamento, bem como prováveis fatores desencadeantes. Resultados: A incidência de SBA é de 12,8%. 80% da amostra é do género feminino e 20% do género masculino. A idade do diagnóstico da síndrome variou entre os 17 e 87 anos. Os sintomas descritos foram ardor 60,7%, queimadura 46,9% e alteração do paladar 22,4%, xerostomia 11,3%, calor 4,2%. A localização anatómica foi 40,5% na língua, 23,5% lábios, 14,7% palato e 5,7% outras localizações. O padrão temporal dos sintomas variou entre melhorar de manhã 29,2%, piora ao longo do dia 22,9%, piora à noite 12,0%, dias melhores outros piores 2,7% e piora de manhã 1,7%. 25,8% da amostra apresentam ansiedade/stress, 10,1% stress, 3,4% ansiedade e 3,2% depressão. 94,3% apresentava ausência de lesões na mucosa oral. 45,7% da amostra foi tratada com pregabalina, 34,2% nortriptilina, 4,7 gabapentina,1,7% clonazepam e 0,5% fluoxetina e amitriptilina. Conclusões: Este estudo revelou uma prevalência de 12,8% na amostra estudada. A situação foi mais prevalente no género feminino, mais frequentemente diagnosticada na faixa etária de mais de 70 anos. O principal sintoma foi o ardor na língua e apresentando melhoras de manhã. Ansiedade/stress foram os fatores mais comuns e a ausência de lesões na mucosa oral foi observada em 94,3% dos casos. O tratamento mais prescrito foi a pregabalina.