Browsing by Author "Pires, Maria Beatriz da Costa Rodrigues Ferreira"
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- Aliança de trabalho e motivação para a mudança em jovens delinquentesPublication . Pires, Maria Beatriz da Costa Rodrigues Ferreira; Neves, Ana Cristina Sabino PestanaA aliança de trabalho é uma ferramenta crucial que possibilita alterações cognitivas e comportamentais estáveis e positivas. Em contexto forense, apesar da menor predisposição para a colaboração com os profissionais, a aliança é um pré-requisito para a reintegração social e prevenção da reincidência criminal. Aliado a este conceito surge a motivação para a mudança, uma vez que o estabelecimento de uma relação de apoio entre o profissional e o ofensor aumenta a motivação para a alteração dos comportamentos desviantes. No contexto do Sistema Tutelar Educativo, em Portugal, existe uma lacuna nos estudos científicos desenvolvidos com jovens delinquentes que explorem a qualidade da aliança de trabalho, a sua motivação para a mudança e a associação entre ambas. Assim, o presente estudo apresenta como questão de investigação: “Será que existe associação entre a qualidade da aliança de trabalho e a motivação para a mudança em jovens delinquentes?”. A amostra da investigação foi constituída por 23 jovens (12 do sexo feminino e 11 do sexo masculino), com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos, a cumprir Medida Tutelar Educativa (MTE) num Centro Educativo (CE) da região de Lisboa. A aliança de trabalho foi avaliada através do Inventário da Aliança Terapêutica (IAT) e do Working Alliance Inventory for Children and Adolescents (WAI-CA). A motivação para a mudança foi analisada através da University of Rhode Island Change Assessment (URICA). Para avaliar o nível de satisfação do jovem com uma sessão de acompanhamento foi utilizada a Session Rating Scale (SRS). De acordo com os resultados desta investigação, comprova-se que quando os valores da qualidade da aliança de trabalho com o técnico aumentam, a motivação para a mudança também aumenta. Em específico, os resultados demonstram que os indicadores da motivação para a mudança aumentam, consoante aumentam determinados aspetos da qualidade da relação com o técnico (e.g., vínculo). Relativamente à idade dos participantes, não foi encontrada uma associação com ambas as variáveis. Por fim, à medida que o tempo de acompanhamento aumenta, diminui a concordância com as tarefas propostas.