Browsing by Author "Pereira, Isabel Cristina Ferreira"
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- Fatores preditivos e risco de queda nas pessoas idosasPublication . Pereira, Isabel Cristina Ferreira; Ribeiro, OlgaIntrodução: À medida que os anos passam, o risco de cair aumenta substancialmente e transforma a queda numa questão de saúde pública, não só, em virtude do aumento do número de idosos, na população mundial, como também na sua maior longevidade, sendo assim fundamental atuar rapidamente, para se poderem prevenir complicações e obter ganhos em saúde. A etiologia multifatorial das quedas torna complicada a sua prevenção, sendo por isso crucial, a identificação das pessoas com maior risco de cair, e os fatores que contribuem para tal. Objetivo: Analisar os fatores que concorrem para as quedas, nomeadamente no que se refere às características sociodemográficas, à condição de saúde e à perceção da pessoa idosa sobre a sua qualidade de vida. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, exploratório e transversal, realizado numa unidade de saúde de uma região urbana, do norte de Portugal, no período de setembro de 2018 a julho de 2019, com a participação de 40 idosos, com idade mínima de 65 anos. Como instrumento de colheita de dados foi usado um formulário. Integrado no projeto Pt4Ageing, este estudo teve aprovação da Administração Regional de Saúde. Resultados: Dos 40 participantes do estudo, com uma idade média de 74,8 anos, 30% (n=12) tiveram quedas. Em relação ao sexo e idade das pessoas idosas que verbalizaram ter tido quedas nos últimos seis meses, 8 eram mulheres com idade média de 74,4 anos e 4 eram homens, com idade média de 78,3 anos. Em relação aos fatores sociodemográficos e à condição de saúde, confirmou-se associação significativa entre a ocorrência de quedas, o estado civil e a tensão arterial diastólica. A ocorrência de quedas é mais frequente nas pessoas idosas solteiras, divorciadas ou viúvas (p=0,018) e nos idosos com valores de tensão arterial diastólica inferiores (p=0,047). Também não se verificou associação significativa, no que se refere aos fatores relacionadas com as doenças, os sintomas, a medicação, a qualidade de vida e a ocorrência de quedas. Por outro lado, as pessoas idosas com dificuldade em andar (p=0,018), com desequilíbrios constantes (p=0,032) e com dor (p=0,02), apresentam perceção do risco de queda, evidenciando concomitantemente maior score na faceta Família/Vida Familiar (p=0,043). Conclusão: Apesar do tamanho da amostra ter limitado o aprofundamento da análise estatística, os resultados obtidos contribuem para a sistematização da intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação, no âmbito da prevenção de quedas em idosos a viver no domicílio. A importância da consciencialização da pessoa idosa, a atuação precoce perante a dificuldade em andar e os desequilíbrios constantes, sendo áreas sensíveis à intervenção dos enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação, tornar-se-ão extremamente relevantes para a prevenção de quedas.