Browsing by Author "Pereira, Duarte de Carvalho"
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- Cancro do pulmão : abordagem em farmacogenéticaPublication . Pereira, Duarte de CarvalhoEsta monografia tem como objetivo realizar uma revisão narrativa sobre o cancro do pulmão e o impacto que a farmacogenética tem na medicina personalizada. É um dos cancros mais comuns tanto em homens como mulheres com uma taxa de mortalidade elevada em todo o mundo. Histologicamente divide-se em dois subtipos: carcinoma pulmonar de células não pequenas (CPCNP) (~85% dos casos) e carcinoma pulmonar de pequenas células (CPCP) (~15%). No CPCNP, vários genes estão frequentemente mutados, incluindo EGFR, KRAS, ALK, BRAF, ROS1 e MET. Essas mutações podem influenciar a resposta ao tratamento e a sobrevida dos pacientes com CPCNP. Já no CPCP, as mutações genéticas mais comuns são encontradas em genes que codificam proteínas envolvidas na regulação do ciclo celular e na supressão tumoral, como TP53, RB1 e PTEN. Essas mutações podem afetar a eficácia do tratamento e a sobrevida dos pacientes com CPCP. A grande maioria dos tratamentos estão direcionados para indivíduos com CPCNP. A quimioterapia é a terapêutica sistémica mais convencionalmente utilizada. Atua nas células que se dividem, lesionando o seu DNA e impedindo que se multipliquem. Atualmente estão identificados quatro alvos terapêuticos aprovados e direcionados para os genes EGFR, ALK, ROS e BRAF. Uma das mutações mais relevantes no gene EGFR é a T790M no exão 20, que é encontrada em 50% dos indivíduos que adquiriram resistência aos inibidores desta proteína. Um exemplo de terapêutica em quimioterapia para as CPCNP consiste na utilização de dupletos de platina, cisplatina ou carboplatina. Apesar da sua aceitação, os seus resultados clínicos são relativamente baixos e a sua eficácia varia de indivíduo para indivíduo. Devido à existência de vários polimorfismos nos genes (ERCC1, ERCC2, XRCC1, MDM2, MTHFR, MTR e SLC19A1), estes podem contribuir para uma variação individual na resposta à sobrevivência na quimioterapia à base de platina. Estudos recentes indicam ainda outros polimorfismos, como no gene ABCG2 que em combinação com o SLC31A1 podem ter resultados significativos para os indivíduos que recebem quimioterapia à base de platina. A compreensão e o estudo dos polimorfismos genéticos que estão na base de uma resposta à terapêutica são fundamentais para que possamos obter um sucesso na terapêutica a aplicar a cada individuo.