Browsing by Author "Pacheco, Raquel Miriam Pereira"
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- Consequências e repercussões do tratamento do cancro da cabeça e pescoço a nível oral : uma revisão sistemática e meta-análisePublication . Pacheco, Raquel Miriam Pereira; Oliveira, Pedro Antunes; Ribeiro, Carlos ZagaloObjetivo: Avaliar a incidência de mucosite oral (MO) e de xerostomia, assim como dos respetivos graus, no contexto do tratamento (RT/QT/cirurgia) de doentes com cancro da cabeça e pescoço. Métodos: A pesquisa foi efetuada recorrendo a três bases de dados: PubMed, B-on e Google Scholar. Foram realizadas, por meio do software do Open Meta [Analyst], as estatísticas e gráficos das meta-análises e meta-regressões das incidências da MO e da xerostomia. As meta-análises foram ajustadas considerando a presença de efeitos randomizados segundo o método de DerSimonian & Laird (1986). O grau de discordância referente a cada resultado meta-analítico foi avaliado através do índice de heterogeneidade (I2). Considerou-se que a diferença observada é estatisticamente suportada sempre que p < 0.05. Resultados: O valor médio global da taxa de incidência da MO foi de 89.4%. Os graus 1, 2 e 3 de MO, baseados numa média parcial, apresentaram, respetivamente, taxas de incidência de 16.8%, 34.5% e 26.4%. O valor médio global de taxa de incidência de xerostomia foi de 78.9%. Os graus 1, 2 e 3 de xerostomia, baseados numa média parcial, foram reportados na ordem dos 41.5%, 35.5% e 2.8%. Relativamente às meta-regressões, a idade, rácio M/F e latitude mostraram ter efeito significativo em alguns resultados de incidência obtidos, ao passo que as realizadas com o rácio QT/RT sugerem que este parâmetro não está associado à incidência de MO e de xerostomia. As meta-análises de subgrupo mostraram que algumas das covariáveis avaliadas condicionavam a incidência destas manifestações orais. Conclusão: A abordagem deste tema é importante visto que a MO e a xerostomia fazem parte dos efeitos adversos resultantes do tratamento do cancro da cabeça e pescoço. Estas manifestações orais têm um impacto negativo ao nível da saúde oral e qualidade de vida, devendo por isso integrar-se médicos dentistas nas equipas multidisciplinares envolvidas nesse tratamento.