Browsing by Author "Ornelas, Marta Dora"
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- Assessing Adverse Events in Madeira PrimaryPublication . Ornelas, Marta Dora; Sousa, PauloIn last three decades, several epidemiological studies have been developed in order to assess the magnitude, nature and type of adverse events (AEs). Most of these studies focus on hospital settings, where the activities are more standardised, but imultaneously more complex and involving higher risks. However, in the last years, there is a growing movement and strong evidence that point out the importance of studying other healthcare contexts, such as primary care and long-term care. In Portugal, studies on primary care setting are scarce and still in the early stages. In this article, the authors describe the AEs assessment in Portuguese Primary Health Care (PHC) units in Madeira Island/Portugal. This study was quantitative, cross-sectional, observational and analytical, with probability sampling. We quantify and analyse the AEs registered by healthcare providers using the APEAS-PT formulary. A link to the APEAS–PT form was sent to 520 healthcare professionals (111 specialist in Family Medicine, 27 medical students, 382 nurses) who worked in 32 PHC centres. These professionals identified and analysed 85 AEs and 42 incidents, which corresponds to a prevalence of 3.9 AEs per 10,000 visits,with a 95% confidence interval (CI) between 3.7 and 4 AE. Most of the AEs were preventable (96%). The most frequent causal factors of AEs were associated with medication (69%), health care provided to users (54%), communication (41%) and diagnosis (22%). This analysis of AEs in Madeira island PHC contributed to reinforce patient safety culture and to better understand quaternary prevention.
- Patient Safety Culture in Portuguese PrimaryPublication . Ornelas, Marta Dora; Pais, D; Sousa, PIntroduction: According to the European Commission more than 37 million Primary Healthcare (PHC) users suffer Adverse Events (AE). When we talk about these unintentional and undesirable events, most of the time we are dealing with acts committed by competent and dedicated professionals, who often work in disorganized systems, and who are not very oriented towards patient safety and health care professional safety. The adoption of a safety culture is a proven useful tool to make AE less likely to occur and to minimize its consequences when these inevitably take place. Methods: The authors describe some pertinent issues that have made the evaluation of AE and Patient Safety Culture (PSC) in Portuguese PHC particularly challenging and describe the preliminary results of a project for the assessment of PSC using the Medical Office Survey on Patient Safety Culture (MOSOPSC). This instrument has been translated, adapted and validated by the authors for the study population. Results: Studies about AE in PHC are scarce, but admittedly necessary. Despite the socio-economic instability experienced in Portugal, the preliminary results obtained by the authors promise a proactive PSC with dedicated health professionals, working as a team and recognizing the problem of adverse events in PHC of the Madeira Island. Discussion: The concepts and methodologies used in other studies cannot simply be applied to specific populations. On the Madeira Island (one autonomous region of Portugal), the issue of patient safety (PS) is difficult to approach but, nevertheless, with information and discussion it was possible to measure the PSC in PHC. Conclusion: After some adjustments, the MOSOPSC questionnaire, in addition to assessing safety culture, has helped to initiate the dialogue and discussion on the issue of PS among the various professionals. This approach has allowed these professionals to anticipate and prevent the occurrence of AE and, whenever such is not possible, notify, discuss, share and learn from those same events.
- Tese : Avaliação da Cultura de Segurança dos Doentes nos Cuidados de Saúde Primários: Um estudo pioneiro em PortugalPublication . Ornelas, Marta DoraIntrodução: A comissão europeia nas suas recomendações relativas à segurança do doente (SD), refere que nos seus Estados-Membros, mais de 37 milhões de doentes que recorrem aos cuidados de saúde primários (CSP) são vítimas de acontecimentos adversos devido aos cuidados de saúde prestados1. A frequência destes eventos varia entre os 0,04 e os 2400 Eventos Adversos (EA) por 10.000 consultas efetuadas nos CSP2 . De acordo com Milligan3, de nada vale implementar medidas que promovam as boas práticas (e consequentemente a redução de EA), se os profissionais que trabalham nas organizações de saúde não estiverem sensibilizados para a segurança dos doentes, e a educação dos doentes, dos seus familiares, profissionais de saúde, gestores e políticos não for uma prioridade e um tema de debate, reflexão e uniformização de conceitos. Métodos: Nesta dissertação, descreve-se a avaliação da cultura de segurança dos doentes (CSD) e dos EA nos CSP de uma região autónoma de Portugal. O estudo foi quantitativo, transversal, observacional e analítico, com uma amostragem probabilística e decorreu em três fases principais. Na primeira fase, avaliamos a cultura de segurança dos doentes nos CSP da Região Autónoma da Madeira (RAM), através da tradução, adaptação, aplicação e validação para a língua portuguesa do Medical Office Survey on Patient Safety Culture (MOSOPSC). Na segunda fase, quantificamos e analisamos os EA registados pelos profissionais de saúde (médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar (MGF), internos desta especialidade e enfermeiros) no formulário Estudio de los EA en Atención Primária de Salud (APEAS) que traduzimos,adaptamos e validamos para a língua portuguesa. Na última fase deste estudo, procuramos relacionar os resultados obtidos nas duas fases anteriormente descritas. Para a validação do MOSOPSC e APEAS recorremos também à metodologia inerente aos focus groups. Resultados: Participaram na avaliação da cultura de segurança dos doentes, através da aplicação do MOSOPSC 483 profissionais (médicos,internos da especialidade de MGF, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, assistentes técnicos e assistentes operacionais) que exerciam atividade nos 47 centros de saúde (CS), distribuídos pela RAM.Nos CSP da RAM prevalece uma cultura de segurança rocrático-proactiva, com o trabalho em equipa e o seguimento dos doentes a representarem as dimensões da qualidade mais robustas. Como áreas que exigem implementação de estratégias de melhoria, destacam-se a pressão, ritmo e quantidade de trabalho,o apoio por parte das chefias/liderança/gestão e a abertura na comunicação. Os CSP foram avaliados como muito bom/bom na equidade (84%), efetividade (79%), eficiência (62%), centralização no doente (62%) e oportunidade (57%). A maioria das respostas positivas na dimensão efetividade foram dadas pelos profissionais de saúde com mais tempo de serviço (p-value=0,003). Foram também estes mesmos profissionais que consideraram os CSP da RAM mais centrados no doente, mais oportunos e eficientes (p-value=0,019). Os profissionais de enfermagem, comparativamente com a classe médica, consideraram os cuidados de saúde mais efetivos (p-value=0) e eficientes (p-value=0,001). Preencheram o questionário APEAS 152 profissionais de saúde (médicos, internos da especialidade de MGF e enfermeiros), que desta forma pontual tificaram e analisaram 85 EA e 42 incidentes, o que corresponde a uma prevalência pontual de 3,9 EA por 10.000 consultas, com um intervalo de confiança (IC) compreendido entre os 3,7 e os 4 EA. A maioria dos EA ix identificados foram considerados, pelos profissionais de saúde, como preveníveis (96%) e ligeiros (54%); tinham por base, problemas relacionados com os cuidados de saúde prestados (74%), com a medicação (70%) e com a comunicação (54%). Os profissionais com mais de seis anos de tempo de serviço registaram mais EA, enquanto que, os com menos tempo de serviço, registaram sobretudo incidentes. 81% dos registos/notificações realizados pelos profissionais de enfermagem diziam respeito a EA, enquanto que esta prevalência foi de 58% na classe médica. Os utentes, que sofreram incidentes de segurança, tinham uma média de idade de 54,5 anos; 60% eram do sexo feminino e 72% apresentava pelo menos um fator de risco ou doença. Os eventos foram mais frequentes nos doentes com hipertensão arterial (HTA), diabetes, insuficiência cardíaca e insuficiência renal (p-value < 0,05). A ansiedade, stress, depressão, necessidade de repetir procedimentos ou consultas e pior curso evolutivo da doença de base, foram também mais frequentes, nos doentes que sofreram EA. Nos agrupamentos de centros de saúde (ACES) com maior registo de EA identificamos: 1) Uma cultura de segurança mais centralizada no doente (r=0,753 e p-value=0,012), mais efetiva (r=0,765 e p-value=0,010), mais oportuna (r=0,689 e p-value=0,027), mais eficiente (r=0,652 e p-value=0,041) e equitativa (r=0,782 e p-value=0,008); 2) Uma melhor classificação dos sistemas e procedimentos que têm lugar nos CSP da RAM para evitar, identificar e corrigir problemas que possam afetar os doentes (r=0,641 e p-value=0,046). Conclusão: Os CSP da RAM são relativamente seguros, equitativos e eficientes. Os profissionais de saúde trabalham em equipa e os doentes são bem acompanhados. Problemas com a pressão/ritmo, quantidade de trabalho, suporte por parte das chefiasa liderança/gestão, abertura na comunicação e falta de recursos materiais e humanos, necessitam de intervenções urgentes. Neste estudo para além de validarmos dois instrumentos (alfas de cronbach superiores a 75%) fomos ao encontro das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), da União Europeia e da Direção Geral da Saúde (DGS). Contribuímos desta forma, para a SD e para colmatar a lacuna no conhecimento científico sobre esta temática nos cuidados de saúde em geral e nos CSP em particular.
