Browsing by Author "Nogueira, Mariana Lourenço Pereira"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Ambientes favoráveis à prática de cuidados de enfermagem :Publication . Nogueira, Mariana Lourenço Pereira; Lucas, Pedro BernardesIntrodução: O ambiente da prática de cuidados de enfermagem faz parte do metaparadigma de enfermagem e é definido por várias teóricas de enfermagem. Por outro lado, faz parte dos padrões de qualidade definidos pela Ordem dos Enfermeiros. Existem vários estudos científicos a nível mundial acerca da relação entre a liderança, o ambiente de trabalho, a satisfação pessoal e a retenção dos enfermeiros. Sensível a esta problemática decidimos desenvolver um estudo que teve como pergunta de investigação: Qual a perceção que os enfermeiros têm do ambiente de prática de cuidados de enfermagem e a sua influência na qualidade dos cuidados de enfermagem? Definimos como objetivo geral da dissertação: Avaliar a perceção que os enfermeiros têm do ambiente de prática de cuidados de enfermagem e da qualidade de cuidados de enfermagem. Por outro lado, os objetivos específicos são os seguintes: 1-Identificar a perceção que os enfermeiros têm das características do ambiente de prática de cuidados; 2-Identificar a perceção dos enfermeiros em relação à qualidade de cuidados de enfermagem; 3-Identificar as relações entre as dimensões do ambiente organizacional: Participação dos enfermeiros nas políticas do Hospital; Fundamentos de Enfermagem para a qualidade dos cuidados; Capacidade de gestão, liderança e de apoio dos enfermeiros; Adequação de recursos humanos e materiais; Relação entre médicos e enfermeiros; e a qualidade dos cuidados de enfermagem. Metodologia: A metodologia utilizada foi um estudo quantitativo transversal descritivo correlacional. O instrumento utilizado para recolha de dados foi a Practice Environment Scale of the Work Nursing Index (PES – NWI) versão portuguesa. A população alvo foi constituída por 198 enfermeiros de um Hospital Privado em Portugal. Os dados foram analisados com recurso ao programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22. Resultados: Os resultados sugerem que os enfermeiros consideram que o ambiente de prática de enfermagem é misto (média global de 3,13). Esse resultado deve-se ao fato de haver três dimensões com resultados maiores que três (dimensão 2 – fundamentos de enfermagem para a prática de cuidados, 3,47; dimensão 3 – capacidade de gestão, liderança e apoio dos enfermeiros, 3,41; dimensão 5 – relação entre médicos e enfermeiros, 3,55) e duas dimensões com resultados menores que três (dimensão 1 –participação dos enfermeiros nas políticas do hospital, 2,72; dimensão 4 – adequação de recursos humanos e materiais, 2,54). Para além de ter sido avaliado o ambiente de prática de cuidados de enfermagem, também foi avaliada a qualidade de cuidados de enfermagem percebida pelos enfermeiros, sendo que a média da resposta é 3,71, o que corresponde na escala de likert a nem concordo/nem discordo. Este resultado vem revelar que existe qualidade nos cuidados de enfermagem praticados pelos enfermeiros do Hospital privado em Portugal que foi objeto do estudo. Desta forma, há evidência suficiente de que o ambiente de prática de cuidados de enfermagem pode influenciar a qualidade de cuidados de enfermagem. O Hospital que foi objeto do nosso estudo vem confirmar essa mesma evidência, dado que tanto o ambiente de prática de cuidados de enfermagem, como a qualidade de cuidados de enfermagem têm médias de resultados idênticas, 3,13 e 3,71 respetivamente. O ambiente da prática de cuidados de enfermagem é constituído por um conjunto de características organizacionais e a sua medição através do PES-NWI permite verificar se os enfermeiros estão satisfeitos com o ambiente onde prestam cuidados. Conclusão: Os gestores devem ter sempre em consideração a evidência científica e devem lutar para que haja políticas dentro das organizações de saúde que protejam o ambiente de prática de cuidados dos enfermeiros. No futuro devem ser realizados mais estudos na área de Gestão de Enfermagem, esta é uma área que ainda agora começou em Portugal, não existe grande conteúdo científico, mas ainda vamos a tempo de aumentá-lo.
- A importância da atividade física nos idosos com diabetes tipo 2 :Publication . Nogueira, Mariana Lourenço Pereira; Costa, Andreia Cátia Jorge Silva daIntrodução: No âmbito do Mestrado em Enfermagem com a área de Especialização em Enfermagem Comunitária foi elaborado o presente relatório que pretende descrever, analisar e refletir sobre as atividade desenvolvidas durante o estágio para a obtenção do grau de Mestre em Enfermagem e Especialista em Enfermagem Comunitária. Cada vez mais, os enfermeiros têm o papel principal na gestão da doença crónica. A diabetes tipo 2 é um problema crescente com grande impacto social e económico uma vez que implica uma grande carga nos custos psicossociais e económicos, quer para os clientes e famílias quer para o Sistema Nacional de Saúde. Os programas de atividade física contribuem com o processo de envelhecimento saudável, favorecendo melhorias no controlo tratamento da diabetes tipo 2. Assim, o projeto desenvolvido insere-se no âmbito da promoção da atividade física nos diabéticos tipo 2 com idade ≥ a 65 anos. Metodologia: A metodologia utilizada foi o Planeamento em saúde, o qual percorre várias etapas, desde o diagnóstico de situação até à avaliação da implementação do projeto de intervenção. Optou-se por fundamentar a intervenção nos pressupostos do modelo teórico de Betty Neuman. Resultados: A realização do diagnóstico de situação, teve por base a utilização de dois instrumentos para recolha de dados, o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta e portuguesa e o índice de Barthel. A população alvo foi constituída por 148 clientes com diabetes tipo 2, com idade ≥ a 65 anos e inscritos na listagem de uma enfermeira em específico da USF Tejo. Na definição de prioridades foi utilizado o método de Hanlon, sendo que surgiu o diagnóstico prioritário: Capacidade de gestão do regime atividade física comprometido. A estratégia utilizada foi a educação para a saúde, sendo que foram definidas as seguintes atividades: Elaboração e distribuição de material informativo e de apoio ao projeto; Realização de consultas de vigilância de diabetes de Enfermagem; Realização de visitas domiciliárias; Realização de uma Sessão de Educação para a Saúde; Realização de uma sessão de sensibilização e apresentação do projeto de intervenção na comunidade à equipa da USF Tejo. Conclusão: Todos os indicadores de avaliação foram atingidos, o que demonstra o sucesso da intervenção realizada. Assim, 85% dos clientes adquiriram conhecimentos sobre a importância da atividade física nos diabéticos, 56% dos clientes com alterações na mobilidade iniciaram a prática de atividade física e 74% dos elementos da equipa da USF Tejo pretendem dar continuidade ao projeto de intervenção comunitário. Com a realização do estágio e o desenvolvimento do projeto de intervenção comunitária foram adquiridas competências como enfermeira especialista em enfermagem comunitária e saúde pública. Os enfermeiros são cruciais nos cuidados de saúde primários, nomeadamente na promoção da prática de atividade física nos clientes com diabetes tipo 2.