Browsing by Author "Neves, Marta"
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- A Gestão de Carreira e a Conciliação Vida Pessoal - Profissional Estudo de CasoPublication . Neves, Marta; Martinho, FilipaEste projeto incide sobre a gestão de carreira e a conciliação vida pessoal-profissional dos Enfermeiros do Hospital Distrital de Santarém. Com as mudanças demográficas e económicas dos últimos anos, os riscos psicossociais têm-se revelado fatores de relevo no bem-estar dos profissionais de diversas áreas, pelo que se sucederam inúmeros estudos em seu redor. A profissão de enfermeiro é uma profissão exigente, não só a nível profissional por todos os fatores que a caraterizam, mas também a nível pessoal, gerando assim um conflito entre a vida familiar e profissional. Encontrar um equilíbrio entre essas duas dimensões não é fácil, pelo que, cada vez mais, as pessoas tendem em optar por se dedicar mais a uma das dimensões, deixando a outra para segundo plano. No entanto, ambas as dimensões são importantes para a vida de uma pessoa e para o seu equilíbrio emocional. Com a entrada das Mulheres no mercado de trabalho após a revolução industrial, no século XIX, o conceito de família também sofreu alterações. Enquanto, anteriormente a esse acontecimento, a Mulher apenas se dedicava às tarefas domésticas e educação dos filhos, esta passou a ter um papel ativo na família na obtenção de rendimentos assim como o Homem. Do lado financeiro teve um impacto positivo, porém do lado psicológico, foi tendo impactos desgastantes dado que a mulher passaria a ter dois papéis, a de trabalhadora e de cuidadora do lar/família. Com a evolução da sociedade em torno do conceito “família” e as oscilações demográficas que conduziram às instabilidades laborais, as famílias começaram a deparar-se com o grande dilema e verem-se na eminência de ter de escolher entre a conceção de uma família ou o investimento numa carreira. Contudo, ambas as componentes são importantes para a realização pessoal de cada indivíduo, e por essa razão, a literatura aponta uma competição direta e recíproca entre os dois grupos de exigências (família e trabalho) pelo que o trabalho interfere com a família (conflito trabalho-família) e a família interfere com o trabalho (conflito trabalho-família). O conflito trabalho-família refere-se às exigências do trabalho, como por exemplo o tempo e carga de trabalho, que interferem com a capacidade dos indivíduos responderem às suas responsabilidades familiares. Este tipo de conflito afeta a família ao prejudicar tanto o seu funcionamento como o do próprio indivíduo. O conflito família-trabalho refere-se às características das responsabilidades familiares, como por exemplo o tempo necessário para os compromissos com a família, que interferem com a capacidade de resposta às exigências vezes a forma de baixa produtividade, absentismo elevado e maior turnover ou rotatividade de pessoal. O conflito entre a vida profissional e a vida familiar tem sido associado a vários efeitos disfuncionais ligados à diminuição do bem-estar familiar e profissional, a queixas físicas e sicológicas, a cansaço, stress, menor disponibilidade para a família e a insatisfação com o trabalho e com a vida em geral. De uma forma geral, esta conciliação trabalho- família de depende do tempo que cada pessoa dedica a cada uma das partes, pelo que a problemática deste projeto assenta nessa preocupação, o tempo dedicado em cada dimensão (trabalho/família) e qual o seu impacto. Este projeto tem como objetivo estudar de que forma a conciliação da vida familiar pode afetar a vida profissional dos enfermeiros, assim como vida profissional interfere com a vida familiar, pretendendo-se verificar se a conciliação família – trabalho tem impacto na progressão de carreira. A presente investigação encontra-se dividida em duas grandes partes, a primeira corresponde à revisão da literatura e a segunda à investigação empírica. Na primeira parte realizou-se uma pesquisa bibliográfica para definir os valores morais do trabalho, Carreira, Riscos psicossociais, o Conflito trabalho-família, as origens e efeitos. Por conseguinte, na segunda parte são apresentados os objetivos e a metodologia adotada, caraterizando a amostra e suas principais funções para a investigação e onde os resultados obtidos serão alvo de discussão. O instrumento de recolha de dados foi o inquérito por questionário a um grupo de 100 enfermeiros do Hospital Distrital de Santarém. O questionário é composto por 21 perguntas, 11 sobre variáveis individuais e 10 sobre variáveis situacionais. Sendo que as variáveis individuais (H1) são questões que abordam: tempo livre para atividades lúdicas e de interesse pessoal (hobbies, desporto, bem-estar); tempo dedicado a atividades com a família; tempo despendido no apoio à família (saúde, educação) e tempo dedicado à organização e gestão da casa (tarefas domésticas); e as variáveis situacionais (H2) são questões sobre: horário de trabalho; ambiente de trabalho; insegurança/ instabilidade laboral; salário / recompensa; condições de trabalho; relação com chefias; possibilidade de formação e autonomia. Com base nos dados recolhidos e tratados é possível elencar alguns dos resultados aos quais o estudo se propõe, nomeadamente, a gestão de carreira e a conciliação vida pessoal-profissional dos enfermeiros.
- Obesity, acute kidney injury and mortality in patients with sepsis: a cohort analysisPublication . Gameiro, Joana; Gonçalves, Miguel; Pereira, Marta; Rodrigues, Natacha; Godinho, Iolanda; Neves, Marta; Gouveia, João; Silva, Zélia Costa e; Jorge, Sofia; Lopes, José AntónioAlthough the prognostic effect of obesity has been studied in critically ill patients its impact on outcomes of septic patients and its role as a risk factor for acute kidney injury (AKI) is not consensual. We aimed to analyze the impact of obesity on the occurrence of AKI and on in-hospital mortality in a cohort of critically ill septic patients. This study is retrospective including 456 adult patients with sepsis admitted to the Division of Intensive Medicine of the Centro Hospitalar Lisboa Norte (Lisbon, Portugal) between January 2008 and December 2014. Obesity was defined as a body mass index of 30 kg/m2 or higher. The Kidney Disease Improving Global Outcomes classification was used to diagnose and classify patients developing AKI. AKI occurred in 87.5% of patients (19.5% with stage 1, 22.6% with stage 2 and 45.4% with stage 3). Obese patients developed AKI more frequently than non-obese patients (92.8% versus 85.5%, p = .035; unadjusted OR 2.2 (95% CI: 1.04-4.6), p = .039; adjusted OR 2.31 (95% CI: 1.07-5.02), p = .034). The percentage of obese patients, however, did not differ between AKI stages (stage 1, 25.1%; stage 2, 28.6%; stage 3, 15.4%; p = .145). There was no association between obesity and mortality (p = .739). Of note, when comparing AKI patients with or without obesity in terms of in-hospital mortality there were also no significant differences between those groups (38.4% versus 38.4%, p = .998). Obesity was associated with the occurrence of AKI in critically ill patients with sepsis; however, it was not associated with in-hospital mortality.