Browsing by Author "Nascimento, Augusto"
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- São Tomé e Príncipe e os desafios da segurança marítima no Golfo da GuinéPublication . Nascimento, AugustoÉ escusado encarecer a importância estratégica do mar para São Tomé e Príncipe. Alguns dos seus desígnios de política externa desenham‑se a partir de uma imaginada valia estratégica da sua posição no Golfo da Guiné. Porém, essa valia também depende muito da estabilidade política e, daí, da segurança marítima numa região, onde os arquipélagos – São Tomé e Príncipe e a parte insu‑ lar da Guiné Equatorial – traçam uma bissectriz, porventura também no plano político. Falar da segurança marítima significa abordar, não só a segurança da navegação – a preocu‑ pação do presente –, mas também a criação de um espaço, cuja segurança começa em terra, mais precisamente na estabilidade política dos países e, como alegadamente se pretende, na construção e operacionalização de políticas de protecção recíproca, como, por exemplo, as alegadamente perseguidas pela Comissão do Golfo. No quadro político actual e, mais especificamente, no âmbito do papel do arquipélago na sub‑região, a relação de São Tomé e Príncipe com o espaço marítimo (e com os países fronteiros) sugere nova equação, desta feita no quadro da pretendida composição de interesses na região. O país está preparado para este novo cenário geopolítico? Como em outros domínios, dir‑se‑ia que não, o que, ainda assim, não lhe retira potencial impor‑ tância e protagonismo. Justamente, a importância e o protagonismo requerem uma reflexão apro‑ fundada sobre as várias questões da segurança marítima como esteio crucial das suas relações externas com a região.
- Vetores políticos e operacionalização da segurança em ÁfricaPublication . Nascimento, AugustoNeste texto, ensaia-se realçar a importância do enquadramento político a montante das intervenções de prevenção e resolução de conflitos em África. Por exemplo, importará perspetivar historicamente a violência em África e, bem assim, refletir sobre a deriva das instituições neste continente e sobre o seu papel, ou a sua inépcia, na construção das sociedades africanas. Amiúde, a ação é urgente. Mas nem por isso se pode alienar uma reflexão aturada sobre as práticas políticas em África e por causa de África, onde, por vezes, o uso da violência é deliberado, mormente para a perpetuação de hegemonias em territórios e sociedades avassalados por uma cultura de violência ou em Estados pautados por políticas de exclusão. Por exemplo, cumpre equacionar as heranças coloniais, a transformação acelerada dos paradigmas de organização e de atuação política e, ainda, a heterogeneidade dos atores políticos. Para se tornar eficaz, a intervenção em prol da prevenção e para a resolução de conflitos demanda não apenas compromisso político – diferente de um voluntarismo de ocasião – mas também conhecimento profundo das realidades sócio-políticas e culturais em África.