Browsing by Author "Morgado, Catarina Isabel Rodrigues"
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- Educação social e emocional em Portugal e a formação de professoresPublication . Vale, Vera; Morgado, Catarina Isabel RodriguesA educação social e emocional (ou aprendizagem socioemocional) constitui um quadro conceptual de referência, tendo em vista a promoção de competências sociais, emocionais e académicas, em crianças e jovens (Weissberg et al., 2015); desenvolve-se por meio de abordagens curriculares e relacionais e envolve diferentes ecologias, incluindo os contextos escolar, familiar e comunitário. Nas últimas décadas, têm-se multiplicado o número de programas que visam a promoção de competências socioemocionais em crianças e jovens e, no contexto escolar português, existem atualmente vários exemplos da sua implementação, com resultados promissores. No que ao continente europeu diz respeito, a Comissão Europeia publicou recentemente recomendações para que os diferentes Estados-Membros detalhem políticas educativas e disposições claras que permitam executar, aos níveis regional e nacional, padrões de educação social e emocional de qualidade. Abordagens distintas sublinham que neste domínio, o sucesso educativo se relaciona (entre outros aspetos) com as competências sociais e emocionais dos professores. A formação de professores deve considerar que o desenvolvimento de competências socioemocionais nos educadores e professores é um elemento crucial para a criação de um clima de aprendizagem positivo, propício e modelador destas mesmas competências entre alunos. As políticas educativas nacionais devem, assim, assegurar que todos os educadores e professores conheçam os princípios do desenvolvimento socioemocional e que adquiram as competências necessárias para aplicar este conhecimento, integrando no currículo preparatório e na formação de professores, os princípios da educação social e emocional, combinados com a sua tradução e prática em sala de aula.
- Mediação em contexto escolar : transformar o conflito em oportunidadePublication . Morgado, Catarina Isabel Rodrigues; Oliveira, IsabelActualmente, assistimos a uma cultura de violência que sobressai nos modos de interagir dos indivíduos e à qual as escolas em geral não escapam. Para inverter esta tendência das sociedades democráticas, torna-se necessário desenvolver uma educação para a convivência e para a gestão positiva dos conflitos, a fim de se construir uma cultura de paz, de cidadania e de sã convivialidade. A Educação para a Resolução de Conflitos modela e ensina, de diferentes formas, culturalmente significativas, uma variedade de processos, de práticas e de competências que ajudam a prevenir, a administrar de forma construtiva e a resolver pacificamente o conflito individual, interpessoal e institucional. Apesar de nem sempre semelhantes, ou utilizando modelos de intervenção idênticos, os programas de resolução de conflitos partilham princípios básicos. O conflito é tomado como uma dimensão natural e inevitável da existência humana que, se for conduzido eficazmente, pode constituir uma importante experiência de desenvolvimento pessoal. A aprendizagem de competências de resolução de problemas deve, assim, constituir uma oportunidade para os indivíduos construírem soluções mais positivas e mais pacíficas para os seus conflitos. Os programas de mediação de conflitos tiveram origem fora do contexto escolar mas rapidamente o modelo foi adaptado às instituições educativas. A mediação escolar abrange a resolução dos conflitos entre estudantes, entre estudantes e adultos e entre adultos. Do que se trata? A mediação é um processo flexível, de carácter voluntário e confidencial, conduzido por um terceiro imparcial – o mediador – que promove a aproximação entre as partes em litígio e que as apoia na tentativa de encontrar um acordo que permita pôr termo ao conflito. Abordar as disputas escolares através da mediação origina um contexto onde o conflito é encarado como natural, o que permite protagonismo aos intervenientes, enquanto que os valores da solidariedade, tolerância e igualdade são estimulados.