Browsing by Author "Martins, Ana Rita Silva"
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- Olhares dos enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação sobre os cuidados de enfermagem em unidades de Medicina Física e ReabilitaçãoPublication . Martins, Ana Rita Silva; Ribeiro, Olga MariaO estudo da perceção dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação (EEER) sobre as suas práticas em unidades de Medicina Física e Reabilitação (MFR), considerando que em Portugal existem orientações legais por parte da Entidade Reguladora para o exercício profissional, poderá constituir um importante contributo para a qualidade dos cuidados. Os objetivos do estudo reportam-se à análise da perceção dos EEER em relação aos cuidados prestados e aos fatores facilitadores e dificultadores da prestação de cuidados. Para análise do problema seguimos uma metodologia qualitativa, de estudo de caso. O instrumento de colheita de dados usado foi uma entrevista semiestruturada que decorreu após o parecer favorável da Comissão de Ética e autorização da Instituição Hospitalar. Os 16 participantes são todos os EEER de um serviço de MFR. A análise seguiu a metodologia de Bardin (2009), tendo sido utilizado como recurso o aplicativo Atlas.ti. Aquando da pré-análise aos discursos dos participantes, a aproximação ao modelo de Donabedian, determinou a organização dos achados em três áreas temáticas: Estrutura, Processo e Resultado. Na codificação dos achados, da área temática Estrutura salientam-se as seguintes categorias: gestão de pessoas e liderança no serviço e ambiente físico e condições para funcionamento das práticas de enfermagem; no Processo: colaboração e trabalho em equipa; estratégias para garantia da qualidade; práticas autónomas no exercício profissional; planeamento e continuidade de cuidados e sustentação teórica e legal no exercício profissional; no Resultado: resultados em relação aos doentes, em relação aos cuidados e em relação aos profissionais. De cada categoria emergiram subcategorias que expressam as unidades de registo obtidas a partir dos discursos dos participantes. O modelo de Donabedian suportou a discussão em conjugação com outros referenciais, contudo, encontramos discrepâncias nos discursos dos participantes no que concerne à Estrutura, especificamente em relação às metodologias de trabalho e de distribuição dos doentes, definidas no serviço. O método de trabalho surge como contributo dificultador para alguns enfermeiros, enquanto que, para outros é uma mais valia para a responsabilização das práticas autónomas desenvolvidas. No âmbito do processo, verificaram-se algumas lacunas na explanação das práticas dos EEER. Nesta componente, a colaboração e trabalho em equipa, nomeadamente no âmbito multidisciplinar, foi apontada pelos participantes como um dos aspetos a melhorar. Em relação aos resultados, emergiram aspetos relacionados com os doentes, cuidados e profissionais. Podemos concluir que os enfermeiros identificam fatores facilitadores como a estrutura do serviço, o tipo de trabalho que desenvolvem e os motiva, contribuindo assim para a satisfação profissional. Em oposição identificam fatores dificultadores como a organização e distribuição do trabalho, dando ênfase à necessidade de investir nas relações de colaboração, trabalho em equipa e valorização do papel do EEER.
- Traçado da intervenção do Enfermeiro de Reabilitação – organização de cuidados para um envelhecimento saudável e ativoPublication . Vieira, Mónica Sofia Martins; Martins, MM; Martins, Ana Rita Silva; Fernandes, Carla SílviaIntrodução: O envelhecimento ativo é uma preocupação europeia que exige aos profissionais de saúde e sociais repensar as suas práticas. Metodologia: Procuramos compreender o modelo de assistência dos idosos num Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Norte de Portugal para deduzir o papel dos enfermeiros de reabilitação na comunidade. Realizamos um estudo qualitativo, do tipo fenomenológico. A amostra não probabilística intencional foi constituída por oito Médicos, oito Enfermeiros e oito Assistentes Sociais que desenvolvem a sua atividade para pessoas com mais de 65 anos num ACES. A recolha de dados foi elaborada através de uma entrevista semi-estruturada, constituindo os resultados do corpo da análise que sustenta esta pesquisa. Resultados: 83% dos participantes não possuíam formação em gerontologia. Havia focos de avaliação da assistência, em que todos os profissionais estimavam os mesmos dados, mas havia dados necessários ao acompanhamento dos idosos que não eram avaliados por nenhum profissional. A partilha da informação para a assistência, quando ocorria, recaía nas situações de doença ou de alterações do contexto social. Discussão: Foi possível verificar que em todas as temáticas há informação que converge nos três grupos de profissionais, principalmente nos dados colhidos na avaliação inicial. Tal como defendem alguns autores a partilha de informação e divisão do trabalho de equipa é importante para uma intervenção mais especializada e dirigida principalmente nesta faixa etária. Conclusão: Desta forma foi possível perceber que o trabalho dos três grupos de profissionais entrevistados muitas vezes se cruza e que há necessidade de partilha de dados entre a equipa multidisciplinar, sendo valorizado e importante o trabalho especializado do Enfermeiro de Reabilitação.
