Browsing by Author "Marote, A. S. F."
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- Crianças como Prestadoras de CuidadosPublication . Marote, A. S. F.; Eduardo, A. T. L. S.; Pinto, C. A.; Vieira, M. R.; Pedrosa, P. M. N.Quando se fala de crianças prestadoras de cuidados, tende a considerar estar-se perante algo pouco frequente e relevante. Contudo, uma breve revisão da literatura existente em vários países - Reino Unido, Austrália e Canadá - revela que esta é uma realidade reconhecida há já alguns anos. Só no Reino Unido existem 175 000 crianças identificadas como prestadoras de cuidados, 2,1% do total das crianças (Becker e Becker, 2008). A previsível evolução da população (aumento da esperança de vida, aumento do número de famílias monoparentais, aumento das famílias nucleares com um elemento doente e outro que sustenta a casa, bem como o aumento das doenças crónicas) indica que em 2020 as necessidades de prestação de cuidados terão de ser cobertas por um número de indivíduos superior à população activa, tornando por isso previsível que uma crescente fatia dessas mesmas necessidades seja coberta por crianças (Siskowski, 2006). Uma vez que em Portugal a investigação acerca desta problemática é inexistente, e que de um modo geral continua o desconhecimento dos profissionais de saúde sobre estas crianças, as suas necessidades e a melhor forma de as satisfazer (Banks et al., 2002), tornase urgente despertar os enfermeiros para a mesma, envolvendo-os simultaneamente no seu estudo. Pretendemos, por isso, partir para a análise do tema desenvolvendo um estudo que identifique quem são estes prestadores de cuidados, quais os cuidados que prestam e quais as suas necessidades, tentando ainda verificar qual o papel dos enfermeiros junto destas crianças e das suas famílias. Da revisão da literatura realizada, partimos com a consciência que esta terá de ser uma realidade relevante na prática de enfermagem, sendo fundamental perceber a relação enfermeiro/doente/criança prestadora de cuidados, bem como conhecer as suas necessidades e responsabilidades.