Browsing by Author "Lagoa, Ana Sofia Ferreira"
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- Agressores e vítimas de violência nas relações de intimidade : crenças e violênciaPublication . Lagoa, Ana Sofia Ferreira; Neves, Ana Cristina Sabino Pestana; Almeida, Iris Sofia Balbino de; Baúto, RicardoNos últimos tempos o fenómeno da violência nas relações íntimas tem tido um grande destaque na comunidade científica, estudando tanto a população normativa, como a de agressores e vítimas. As crenças legitimadoras de violência nas relações íntimas são uma variável de importante estudo, visto que podem estar relacionadas com a perpetração desta violência. O presente estudo encontra-se dividido em dois artigos, sendo que o primeiro é uma revisão sistemática com o objetivo de explorar as crenças legitimadoras de violência nas relações íntimas nos agressores, e o segundo tem como objetivo comparar as crenças dos agressores e respetivas vítimas usando medidas de auto e heterorrelato. Através da análise de processos-crime, a amostra é constituída por 78 díades agressor-vítima, com 78 agressores do sexo masculino e 78 vítimas do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 20 e 72 anos (M= 43.59; DP= 13.38), e 18 e 72 anos (M= 40.79; DP= 13.69) respetivamente. Foram utilizados neste estudo dois instrumentos de autorrelato, a Escala de Crenças de Violência Conjugal (ECVC) e o Inventário de Violência Conjugal (IVC), e foi ainda utilizada a leitura e análise de relatórios forenses. Da revisão sistemática de literatura podemos concluir que a maioria dos estudos descreve os agressores como tendo crenças legitimadoras de violência nas relações íntimas, sendo elas minimizadoras e/ou de negação da violência. Observa-se no segundo artigo que os agressores apresentam maiores níveis de crenças legitimadoras do que as vítimas. Foram possíveis encontrar correlações significativas entre as crenças legitimadoras de violência dos agressores e a perpetração de violência. Destaca-se ainda que na comparação entre os grupos onde ambos os elementos possuíam crenças, ou onde só o agressor possuía essas crenças, que não existiam diferenças ao nível da perpetração da violência.