Browsing by Author "Francisco, David"
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- Efetividade dos cuidados estratificados na lombalgia nos cuidados de saúde primários: Programa SPLITPublication . Francisco, David; Cruz, Eduardo BrazeteIntrodução: A lombalgia é um problema major mundialmente e representa a maior causa de anos de vida perdidos ajustados à incapacidade em Portugal. A prática atual utiliza excessivamente cuidados de baixo valor e insuficientemente cuidados de elevado valor. Já foi demonstrada a efetividade duma intervenção estratificada pelo risco de desenvolver dor persistente e incapacitante, comparando com a prática atual nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) britânicos. Contudo, desconhece-se se isso também se verifica nos CSP em Portugal. Objetivo: Comparar o Programa SPLIT (modelo de tratamento estratificado de fisioterapia) e a prática atual ao nível da efetividade na dor, incapacidade e perceção de melhoria em indivíduos com lombalgia no contexto dos CSP portugueses. Metodologia: Foram realizados dois estudos de coorte prospetivo, sequenciais e independentes com 238 indivíduos com lombalgia não específica nos CSP portugueses, sendo reavaliados aos 2 e 6 meses pela Escala Numérica da Dor e versões portuguesas da Roland Morris Disability Questionnaire e Global Perceived Effect Scale. Resultados: Aos 2 meses, 77% dos utentes do Programa SPLIT alcança uma melhoria clinicamente importante ao nível da incapacidade funcional, sendo 73% que a alcança aos 6 meses. Dos utentes da prática atual, são 49% e 51% os que o fazem em iguais períodos. O Programa SPLIT está associado a uma probabilidade de melhoria clinicamente importante 3.9 vezes superior na incapacidade funcional (IC 95%: 2.2 – 7.1, p<0.001) aos 2 meses e 3.0 (IC 95%: 1.6 – 5.5, p=0.001) aos 6 meses. A intervenção estratificada também está associada a melhores outcomes na intensidade da dor e perceção de melhoria. Conclusões: Os resultados sugerem que o Programa SPLIT obtém melhores resultados clínicos que a prática atual ao nível da incapacidade funcional, dor e perceção de melhoria aos 2 e 6 meses, estando em linha com os resultados dos estudos internacionais sobre intervenção estratificada.
