Browsing by Author "Fonseca, Artur"
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- Defesa de Portugal durante a 2ª invasão francesa - Estudo da ação retardadoraPublication . Fonseca, ArturFruto da acção imperiosa da defesa do território nacional aquando da Segunda Invasão Francesa, o Exército português e os seus aliados procuraram movimentar-se e encetar as múltiplas manobras militares conducentes à vitória de 1809. Não obstante as inúmeras obras e estudos de referência sobre este assunto, apresentamos agora uma outra óptica de cariz explicitamente militar sobre o assunto supracitado. Além do que é focado ou interpretado pelos estudos historiográficos, a interpretação especificamente militar de um assunto, este também de natureza estritamente bélica, impõem--se como uma necessidade. Qual foi, em boa verdade, o conjunto de movimentações militares, tanto díspares como as entendidas numa única manobra geral, e que conhecemos como a «Segunda Invasão Francesa»? De todas as três Invasões Francesas, os movimentos militares em torno da conquista e manutenção da cidade do Porto, bem como o impreterível controlo de todo o norte do País e da Galiza, são dos acontecimentos militares da Guerra Peninsular menos conhecidos, mas não de somenos importância. Aqui tentamos delinear um esboço sintetizado do embate entre os contingentes nacionais e do auxílio inglês face ao crescendo poderio francês, sem esquecer o papel efectivo dos espanhóis, e que marcaram indelevelmente todo o decurso da guerra. Entendemos a denominada «acção retardadora», evocada em epígrafe, como a condição necessária para conseguir o tempo desejado e retomar as contra-ofensivas nacionais e aliadas na expulsão do inimigo do território nacional a partir de meados de 1809. O âmago da Segunda Invasão Francesa está, efectivamente, na génese da implementação do Liberalismo em Portugal, pois não seria por acaso que da cidade do Porto, tão duramente fustigada pelos combates de 1809, se desenvolveu o gérmen das causas liberais e constitucionais entre nós, desembocando no processo político-militar da revolução de 24 de Agosto de 1820. Estávamos, portanto, no nascimento do Portugal Novo e o findar do Portugal Velho.