Browsing by Author "Estanislau, Maryam"
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- Análise do perfil somatossensorial de adultos saudáveis: um estudo transversal exploratórioPublication . Estanislau, Maryam; Pires, DiogoIntrodução: O quantitative sensory testing (QST) define-se como um conjunto de métodos não invasivos, destinados a avaliar o sistema somatossensorial, através de respostas sensoriais e de perceção da dor a estímulos mecânicos e térmicos. Tem o propósito de caracterizar a função e a disfunção somatossensorial, identificando anormalidades sensoriais e hiperalgesia sensorial em utentes. O perfil somatossensorial proveniente de respostas ao QST dentro de um grupo de pessoas saudáveis não é totalmente conhecido, sendo que a criação de uma base de dados normativa com os valores de referência do perfil somatossensorial em indivíduos saudáveis em Portugal é importante para que se possa compreender, prevenir e intervir em condições de dor. Objetivo: Analisar e contribuir para se estabelecer valores de referência do perfil somatossensorial de indivíduos saudáveis em Portugal, através do instrumento QST. Secundariamente, analisaram se as potenciais diferenças nos vários parâmetros somatossensoriais entre subgrupos de participantes e regiões de medição Metodologia: Realizou-se um estudo observacional do tipo transversal com uma amostra de 18 indivíduos saudáveis. Foram avaliados indicadores clínicos, psicossociais e somatossensoriais. A realização da bateria de testes somatossensoriais foi aplicada de acordo com a metodologia DFNS e consistiu na avaliação em 3 locais anatómicos: região lombar, região tenar e pé. Os testes selecionados do QST pertencem a um protocolo de avaliação para a região lombar, composto por 6 dos seus 13 parâmetros: CDT, WDT, CPT, HPT, WUR e PPT. Resultados: Nos parâmetros avaliados na região lombar, observaram-se diferenças estatisticamente significativas na sensibilidade de dor à pressão entre homens e mulheres (p=0,021) e entre quem realiza ou não desporto (p=0,035). Na região do pé, observou-se uma diferença estatisticamente significativa no limiar de dor ao frio entre quem realiza ou não desporto (p=0,014). Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas para o parâmetro CDT entre a avaliação do CDTmão e CDTpé (p=0,001). Houve diferenças estatisticamente significativas entre a avaliação do WDTmão e WDTlombar (p=0,001), e entre o WDTmão e WDTpé (p=0,001). No parâmetro WUR houve diferenças estatisticamente significativas entre WURmão e WURlombar (p=0,006). Nas correlações houve diferenças estatisticamente significativas entre múltiplos pares de variáveis. Conclusão: Foram estabelecidos valores médios do perfil somatossensorial de adultos saudáveis. Os resultados sugerem que os homens aparentam tolerar mais o estímulo de pressão na região lombar em comparação com as mulheres, que quem realiza desporto tem tendência a ter menos tolerância à pressão e ao frio, que não existe influência na presença ou não de dor prévia, e que a mão aparenta ser o local mais sensível em comparação com a região lombar e pé. Estes resultados são um ponto de partida para futuros estudos que visem estabelecer valores de referência do perfil somatossensorial em adultos saudáveis em Portugal.