Browsing by Author "Duarte, Sara Marisa Almeida"
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- Incontinência urinária em praticantes femininas de halterofilismo e seu bem-estar: um estudo de casoPublication . Duarte, Sara Marisa Almeida; Gouveia, Bruna Raquel Figueira Ornelas deINTRODUÇÃO: A participação feminina no desporto em geral, tem vido a aumentar exponencialmente, o que engloba igualmente a modalidade de halterofilismo. De acordo com a literatura mais recente, as mulheres que praticam desporto com movimentos repetitivos e de alto impacto, possuem maior risco de incontinência urinária (IU). A IU apresenta-se frequentemente como um obstáculo à prática de exercício físico. OBJETIVOS: 1) descrever a presença de IU nas mulheres praticantes de halterofilismo e (2) analisar diferenças na presença de IU entre grupos definidos pelas variáveis sociodemográficas e clínicas; e (3) analisar a associação com o seu bem-estar. METODOLOGIA: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. Amostra constituída por 29 mulheres praticantes de halterofilismo. Os dados foram recolhidos através de um questionário online de caracterização sociodemográfica e clínica, e com a aplicação do International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form(ICIQ-SF) e o King’s Health Questionnaire adaptado para Português (Europeu). A análise dos dados foi efetuada com recurso a estatística descritiva simples (frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central: média e mediana e medidas de dispersão: valor mínimo, máximo e desvio padrão) e a análise inferencial (com testes não paramétricos). RESULTADOS: Verifica-se a presença de IU em 58,6% das mulheres praticantes de halterofilismo. Existe correlação da IU com a idade, sendo que as mulheres com IU têm em média mais 3.7 anos. Verifica-se que 52,9% da mulheres com filhos apresentam IU sendo esta presença mais elevada quando o parto é normal. Não se verificam diferenças com significado estatístico entre grupos definidos pela presença de IU e obstipação, infeções urinárias repetidas ou cirurgias ginecológicas prévias. Das mulheres com IU, 47,1% restringem a quantidade de líquidos ingerida e recorrem à utilização de pensos absorventes, como medidas de gravidade. Apura-se que 41,2% das mulheres com IU, referem que esta condição tem interferência na sua vida diária. CONCLUSÃO: Conclui-se que a IU está presente em mais de metade da amostra das praticantes de halterofilismo. Existe uma maior presença em mulheres com mais idade e com filhos. Já a nível emocional, ter IU está associada a maiores níveis de ansiedade, mas não necessariamente a depressão.