Browsing by Author "Correia, Inês Marques"
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- Parto normal :Publication . Correia, Inês Marques; Gomes, Maria Helena Bértolo Pereira; Delgado, Maria JoãoOs avanços tecnológicos e médicos verificados ao longo do século XX conduziram a práticas em obstetrícia cada vez mais focadas nos profissionais. O parto, anteriormente considerado um evento natural e inato, passou a ser dominado pelo intervencionismo, com consequente interferência no processo fisiológico, desvalorização das preferências da mulher e minimização da sua capacidade de parir. É neste contexto que o enfermeiro obstetra pode assumir um papel fulcral para a normalização do parto, implementando um modelo de cuidados que promova escolhas informadas e envolvimento na tomada de decisão e proporcione liberdade à parturiente, capacitando-a para atingir uma experiência de parto positiva. O presente Relatório de Estágio procura espelhar a aquisição de competências comuns e específicas de Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia e do grau de Mestre, descrevendo e analisando o percurso efetuado no contexto do Estágio com Relatório, inserido no 9ºCurso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, o qual foi potenciado pela implementação do projeto intitulado: Liberdade de movimentos para o parto normal: cuidado centrado na mulher. Como referencial teórico, norteador dos cuidados, foi selecionada a Teoria de Enfermagem Centrada na Pessoa, de Brendan McCormack e Tanya McCance. Metodologicamente foi implementada uma prática baseada na evidência e uma prática reflexiva, traduzida na descrição, análise e reflexão das intervenções instituídas. Através da Scoping Review foi efetuado o mapeamento da evidência científica disponível sobre a temática. No decurso do Estágio com Relatório, foi aplicado um instrumento de registo de interação, posteriormente submetido a análise de conteúdo e análise estatística. Os resultados obtidos traduzem o papel protetor e promotor da liberdade de movimentos na incidência do parto normal, proporcionando à parturiente uma ferramenta para otimizar a sua experiência e gerir a dor, benefícios a que acrescem a diminuição da duração do TP, do risco de trauma perineal e a melhoria dos outcomes neonatais. Esta revela-se uma intervenção especializada primordial do EEESMO, capaz de respeitar a fisiologia do nascimento e de recuperar a autonomia e o protagonismo da mulher, maximizando a sua experiência de parto.