Browsing by Author "Cordes, Raquel de Azevedo Vieira e"
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- A regulação das emoções no quotidiano dos adolescentes institucionalizados : relação entre estratégias regulatórias e problemas de internalizaçãoPublication . Cordes, Raquel de Azevedo Vieira e; Gouveia, Patrícia; Castro, Elisa Kern deOs jovens em situação de acolhimento residencial passam por diversas situações negativas e geradoras de stress, como a retirada da família, maus-tratos, abusos físicos e psicológicos, entre outras. A literatura tem apontado que, perante estas situações, os jovens em instituições de acolhimento tendem a recorrer a estratégias de regulação emocional desadaptativas, influenciando assim o surgimento e desenvolvimento de problemas de internalização (e.g., sintomas depressivos e ansiosos). O principal objetivo deste estudo, foi examinar a relação entre a adequação da regulação emocional, as estratégias de regulação emocional utilizadas no dia-a-dia, e os problemas de internalização (e.g., sintomas depressivos e ansiosos), em jovens portugueses institucionalizados. Um total de 18 participantes responderam às escalas E.R.I.C.A, AERSQ-E, e EADS-C, seguindo o Método de Amostragem por Experiência (ESM) ao longo de três momentos de avaliação. Os resultados indicaram que existe correlação negativa entre a adequação da regulação emocional e a expressão criativa (r= -,61; p ≤ ,01), o suporte social (r= -,58; p ≤ ,01), a reação agressiva (r= -,65; p ≤ ,001), os sintomas de ansiedade (r= -,68; p ≤ ,01) e os sintomas de depressão (r= -,72; p ≤ ,001). Os adolescentes institucionalizados utilizaram com maior frequência as estratégias de regulação emocional reorganização positiva (M (T1)= 2,19; M (T2)= 2,18; M (T3)= 2,25), distração (M (T1)= 2,07; M (T2)= 2,20; M (T3)= 2,12) e ruminação/pensamentos negativos (M (T1)= 2,06; M (T2)= 2,09; M (T3)= 2,15). A adequação da regulação emocional e os problemas de internalização não apresentaram variações significativas no decorrer dos três momentos, ao passo que as estratégias de regulação emocional foram alvo de variação, relativamente ao recurso a cada estratégia. Nas comparações entre géneros, os rapazes apresentaram maior utilização das estratégias reorganização positiva em T1 (p= ,04; Posto Médio =13,00) e distração em T3 (p= ,02; Posto Médio = 13,33), enquanto as raparigas apresentaram maior utilização da estratégia suporte social em T2 (p= ,01; Posto Médio = 11,58).