Browsing by Author "Carapeta, David Calquinhas"
Now showing 1 - 1 of 1
Results Per Page
Sort Options
- Estudo do perfil somatossensorial e do controlo motor de indivíduos assintomáticos e com Síndrome Patelofemoral, na atividade de “descer um degrau”Publication . Carapeta, David Calquinhas; Fernandes, RitaIntrodução: As lesões no joelho são bastante comuns, correspondendo a aproximadamente 42% de todas as condições musculo-esqueléticas dos utentes que recorrem à Fisioterapia (Taunton et al., 2002), sendo que 16 a 25% são diagnosticados como SPF (Devereaux & Lachmann, 1984; Taunton et al., 2002). Crê-se, entre outros factores, que a alteração da atividade muscular entre o músculo vasto interno oblíquo (VIO) e o vasto externo (VE) possa estar na etiologia do SPF (Nakagawa, Moriya, MacIel & Serrão, 2012; Petersen et al., 2014). Por outro lado, uma nova corrente de estudo concluiu que existem fenómenos de hiperalgesia primária e secundária nestes utentes (Rathleff et al., 2013). Estes fenómenos foram relatados também com a diminuição do limiar de dor à pressão na região patelar (Rathleff et al., 2013). Objetivo: 1) Comparar a intensidade de atividade muscular do VIO, VE e Reto Anterior (RA) durante a realização de uma atividade funcional, entre o grupo SPF e assintomático; 2) Comparar os limiares de deteção térmica e os limiares dolorosos térmicos e mecânicos entre o grupo SPF e assintomático, antes e após a realização da atividade funcional Metodologia: Foi realizado um estudo de caso-controlo, com uma amostra não probabilística de 14 participantes, sendo divididos em grupo SPF (n=7) e grupo assintomático (N=7), de acordo com os critérios de inclusão e exclusão previamente definidos. Todos os participantes foram instruídos a preencher um questionário de caracterização socio-demográfica e a escala KOOS, após a qual realizaram uma avaliação do perfil somatossensorial, a avaliação da intensidade da atividade muscular do VIO e do VE e novamente uma avaliação do perfil somatossensorial. Os participantes foram avaliados por um investigador externo ao estudo. Resultados: Os resultados obtidos demostram que não existem diferenças estatisticamente significativas entre o perfil somatossensorial do grupo sintomático e o grupo assintomático (p>0,05). No que diz respeito à intensidade da atividade muscular, não se verificaram diferenças na intensidade da contração muscular do VIO (p=0,710), VL (p=0,128) e RA (p=0.383) entre os grupos. Registaram-se diferenças do perfil somatossensorial após a realização da atividade ‘step down’, registou-se uma diminuição significativa do PPT avaliado no epicôndilo contra-lateral (p=0,048) e um aumento significativo do CDT avaliado no epicôndilo contra-lateral (p=0,005) e do HPT avaliado na rótula (p=0.019) e no retináculo externo (p=0,048). Discussão e Conclusão: Os resultados relativos à intensidade da atividade muscular vão de encontro à literatura (Powers, Landel & Perry, 1996). No que diz respeito ao perfil somatossensorial, não se verificaram diferenças entre os grupos antes da realização da tarefa “step down”, apenas após a realização da mesma. Estes resultados foram parcialmente de encontro à literatura (Jensen, Kvale & Baerheim, 2007; Rathleff, et al., 2013; Noehren, et al., 2016). O presente estudo adiciona a esta informação, os dados relativos à diminuição do HPT, realçando e confirmando assim a corrente de investigação que afirma que o SPF apresenta uma componente neuropática e não apenas biomecânica.
