Browsing by Author "Borrega, Eduardo José Barbedo"
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- First Responder: conhecimentos de primeiros socorros do polícia da PSPPublication . Borrega, Eduardo José Barbedo; Massuça, Luís Miguel Rosado da CunhaO estudo apresenta dois objetivos gerais: (i) Caracterizar o conhecimento (percebido e efetivo) dos polícias no âmbito dos primeiros socorros e suporte básico de vida (SBV); e (ii) Avaliar se a formação prévia, sexo, classe de idade, categoria profissional, tempo de serviço na PSP ou Comando afetam significativamente a autoavaliação e a avaliação dos conhecimentos. Trata-se de um estudo transversal, em que participaram 1561 polícias (margem de erro de ±3.14%, para um IC99%). Foi aplicado um questionário online que contemplava: (i) caracterização dos participantes (sexo; classe de idade; categoria profissional; tempo de serviço; comando); (ii) questões de autoavaliação; e (iii) questões de avaliação dos conhecimentos de primeiros socorros e SBV. Na análise estatística recorreu-se à estatística descritiva, medidas de associação, modelo linear generalizado (ANOVA one way e post-hoc de Bonferroni) e regressão linear múltipla (método stepwise). Observou-se que (i) 38.8% dos participantes referem não terem formação em primeiros socorros e SBV; (ii) a correlação da formação e autoavaliação é forte (r = 0.508); (iii) o efeito da formação sobre a autoavaliação é elevado (η 2 p = 0.246; i.e., os participantes com formação apresentam resultados superiores na autoavaliação); (iv) o Comando onde os participantes exercem funções apresentou um efeito médio (η 2 p = 0.057) sobre a autoavaliação; e (v) o tempo de serviço apresentou um efeito médio sobre a avaliação de conhecimentos (η 2 p = 0.060). Em complemento, a regressão linear múltipla (R2 a = 0.105) permitiu identificar a autoavaliação (β = 0.187), sexo (β = 0.061), idade (β = -0.171), tempo de serviço (β = -0.067) e formação (β = 0.066), como preditores significativos da avaliação de conhecimentos. Em suma, os polícias com formação prévia têm maior confiança nas suas próprias capacidade de socorrismo. Contudo, o resultado da avaliação de conhecimentos revela que os mais formados não são necessariamente mais capazes. Face ao exposto, parece pertinente disponibilizar novas formações, mais técnicas e mais regulares. Também o reduzido poder preditivo, do modelo construído, enfatiza a necessidade de aprofundar o estudo dos atributos (ou construtos) que melhor expliquem os conhecimentos dos polícias no âmbito dos primeiros socorros e SBV.