Browsing by Author "Beaini, Yanis"
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- Impacto a longo prazo do uso de medicamentos em crianças com transtorno do défice de atenção e hiperatividadePublication . Beaini, Yanis; Quintas, AlexandreA perturbação de défice de atenção e hiperatividade (AHDH) é uma perturbação crónica do desenvolvimento neurológico (Santé mentale au Québec, 1997). Esta perturbação é complexa e multifatorial, envolvendo os sistemas dopaminérgicos, serotoninérgicos e noradrenérgicos. O sistema dopaminérgico é o mais diretamente envolvido no ADHD, especialmente alguns recetores dopaminérgicos, nomeadamente os recetores D1 a D5 (Wu et al., 2012). Alguns estudos sobre a ADHD sugerem que a perturbação psiquiátrica pode ter uma base hereditária. Por exemplo, a mutação do gene SNAP-25 é responsável por cerca de 60 a 90 % dos casos (Liu et., al 2017). A prevalência global da ADHD nas crianças está estimada em cerca de 5% (Prayez et al., 2012). Os indivíduos de sexo masculino são mais predispostos a esta doença (Gaub & Carlson., 1997). Existem vários tipos de ADHD, nomeadamente desatenção, hiperatividade e os dois combinados (Schoemaker et al., 2012). No tratamento medicamentoso do ADHD podem ser prescritos medicamentos estimulantes e não estimulantes (Mechler et al., 2022). O consenso científico sobre a utilização de estimulantes para tratar crianças hiperativas fundamenta-se nas observações de que estes medicamentos têm um efeito calmante sobre o comportamento disruptivo e melhoram o desempenho em tarefas repetitivas a curto prazo. Contudo os efeitos da utilização prolongada destes medicamentos permanecem incertos (Stacey et al., 2018). O objetivo desta revisão narrativa científica é reunir um número significativo de trabalhos sobre os efeitos do consumo prolongado de medicamentos para a ADHD, utilizados em crianças com défice de atenção e hiperatividade, e ainda qual a função do farmacêutico nessa interação. Para a revisão bibliográfica serão pesquisadas as bases de dados Pubmed, Cochrane, Google Scholar, Biomed-central, MedlinePlus com as seguintes palavras-chave: ADHD, anfetaminas, fatores de risco. Como critérios iniciais de inclusão foram considerados a publicação em língua inglesa, francesa e portuguesa.