Browsing by Author "Anjos, Samuel Costa"
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- Coxiella burnetii in small animals: Serological and molecular study in female dogsPublication . Anjos, Samuel Costa; Anastácio, Sofia FerreiraCoxiella burnetii é o agente causador da zoonose Febre Q. Esta apresenta uma ocorrência mundial e os ruminantes domésticos são os hospedeiros mais comuns de C. burnetii e fonte da infeção humana. Os cães podem também ser infetados, contudo, o seu papel na epidemiologia desta bactéria ainda não está claro. Este estudo foi realizado em cadelas pacientes de centros de atendimento médico-veterinário das regiões norte e centro de Portugal, entre outubro de 2020 e março de 2021, para realização de ovariohisterectomia. Amostras de sangue/soro/plasma excedentes de análises de rotina e tecidos excedentes de procedimentos cirúrgicos foram colhidas e utilizadas para a realização dos testes serológicos e moleculares. Durante o período de estudo foram sujeitos a amostragem um total de 78 animais diferentes (n=78). As amostras de soro/plasma foram testadas para detetar a presença de anticorpos específicos anti-C. burnetii recorrendo a um teste ELISA comercial adaptado para várias espécies (ID Screen Q Fever Indirect Multispecies®, IDVet®). Na pesquisa de anticorpos, os resultados foram expressos em valores S/P%. Um S/P% > 50% foi classificado como positivo. Um total de sessenta (n = 60) animais foram testados para anticorpos anti-Coxiella burnetii. A amostra foi composta por trinta cães de raça pura e trinta animais de raça cruzados, com uma variação de idades entre cinco meses e quinze anos. Apenas um resultado positivo (S/P%= 54.96) foi detetado correspondendo a uma cadela de seis anos residente numa zona rural. A taxa de seropositividade foi assim determinada em 1,7% (CI 95%: 0,3 a 9,1%). Um resultado duvidoso (S/P% = 43%) foi detetado numa outra cadela de cinco anos residente numa zona semirrural. Para a deteção DNA de C. burnetii no tecido reprodutivo, foram realizados testes de qPCR em 67 amostras.Todas as amostras apresentaram um resultado negativo, não tendo sido evidenciada a presença de C. burnetii nas amostras testadas. A taxa de exposição encontrada nos animais testados foi muito baixa nos testes serológicos. Isto pode sugerir que as cadelas das regiões norte e centro de Portugal não são frequentemente expostas à bactéria ou por outro lado a amostragem de conveniência pode não ser representativa da população comprometendo as conclusões por enviesamento dos resultados. No entanto, o estudo e a vigilância da infeção por C. burnetii em animais de companhia podem ser uma mais-valia para prevenir surtos e a transmissão para tutores e veterinários em contato com animais infetados.
