Browsing by Author "Almeida, Felícia Rocha de"
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- Mineralização do esmalte e da dentina : estado da artePublication . Almeida, Felícia Rocha de; Ascenso, CarlaA Medicina Regenerativa tem sido considerada na odontologia como uma área em progresso, focando-se na elaboração de terapias de substituição de dentes projetadas por bioengenharia, com potencial para fornecer a função e a capacidade de resposta sensorial dos dentes naturais. Entender o processo de mineralização do dente, tanto durante a fase pré-eruptiva como na fase pós-eruptiva, revela-se extremamente importante no desenvolvimento de tratamentos para doenças relacionadas com a mineralização. Durante a génese dentária, a formação mineral ganha expressão durante o desenvolvimento do esmalte e da dentina. O processo de mineralização envolvido resulta de um conjunto de interações bioquímicas, coordenadas por moléculas sinalizadoras, as quais estimulam a síntese e a libertação de proteínas e efluxo de iões para o espaço extracelular. Estas proteínas e iões, os quais incluem enzimas, fatores de transcrição, fatores de crescimento e componentes da matriz extracelular, participam conjuntamente no processo de formação e regulação mineral, desde a nucleação ao crescimento do cristal. O conhecimento das vias de sinalização que induzem a expressão de vários sinais envolvidos na formação do esmalte e da dentina, proporcionam novas perspetivas direcionadas a identificação de interações durante a fase mineral e cristalina da apatite biológica. Durante a amelogénese e a dentinogénese, os ameloblastos e os odontoblastos respetivamente, sofrem interações possibilitando a sua diferenciação celular e polarização. Consequentemente, ativam a síntese proteica, libertando proteínas e minerais para a região extracelular, onde ocorre a mineralização. A apesar de serem processos específicos de cada célula, interagem entre si através de sinais recíprocos permitindo a formação e crescimento dos cristais de hidroxiapatite. Após a formação dos ameloblastos, estes sofrem apoptose o que constitui um dos maiores desafios da sua regeneração. Por sua vez, a dentina apresenta uma relação estreita com a polpa, onde os odontoblastos permanecem junto da região vascularizada permitindo a regeneração e reparação da mesma ao longo do seu tempo de vida. As estratégias terapêuticas atuais na dentina, focam-se principalmente na regeneração do complexo dentino-pulpar, com o intuito de aprimorar os materiais de capeamento pulpar, através de uma matriz orgânica de colagénio. No esmalte, as abordagens compreendem a reprodução da montagem dos cristais de HAp através do uso de proteínas. O objetivo é recriar o ambiente espaço-temporal da deposição e formação da estrutura mineral. A presente revisão, retrata o estado da arte do processo de mineralização dos tecidos dentários, fornecendo novos horizontes e oportunidades futuras para a sua regeneração e reparação. Assim, torna-se primordial perceber quais os componentes que atuam durante este processo de forma a serem aplicados em novas abordagens preventivas, novos materiais biomiméticos, ou mesmo novas estratégias terapêuticas de doenças que afetam o desenvolvimento do esmalte e da dentina.