IPC-ESTeSC - Trabalhos de projeto / relatórios de estágio / projetos de investigação
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Browsing IPC-ESTeSC - Trabalhos de projeto / relatórios de estágio / projetos de investigação by Author "Cruz, Ângela Cristina Simões"
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- Investigação de um detetor não-invasivo para determinar a função de entrada em estudos PET quantitativosPublication . Cruz, Ângela Cristina Simões; Abrunhosa, Antero; Caramelo, FranciscoA Tomografia por Emissão de Positrões (PET) é uma poderosa técnica de imagem que pode ser utilizada para quantificar in vivo os processos fisiológicos de interesse. Para a quantificação, as imagens de PET geralmente não são suficientes e é também necessário conhecer a concentração do radiotraçador presente no sangue arterial em cada instante - a Função de Entrada Arterial (AIF). O procedimento gold standard para determinar a AIF implica a canulação da artéria radial e a recolha de amostras de sangue arterial ao longo do exame PET. No entanto, este procedimento é invasivo e tecnicamente desafiador. A nossa equipa pretende desenvolver um sistema para medir a AIF de forma não-invasiva. O sistema será composto por vários detetores de radiação gama que serão colocados perto de artérias superficiais do paciente. A ideia principal é obter sinais de diferentes artérias e dos seus tecidos circundantes e combinar os sinais obtidos para estimar a AIF com precisão. Neste trabalho, foi construído e caracterizado o primeiro detetor de radiação para o sistema de medição da AIF referido. O protótipo construído baseia-se essencialmente num cristal de germanato de bismuto (BGO) e um fotodíodo. O protótipo foi avaliado em termos de resolução em energia, eficiência e linearidade, para além disso foi testado em pacientes durante exames de PET reais. Foi estimada uma resolução em energia de 18% FWHM (Full Width at Half Maximum), uma eficiência de 0.7% e verificou-se a existência de proporcionalidade entre a resposta do detetor e a atividade da fonte radioativa. O protótipo foi testado em três pacientes submetidos a exames de PET, tendo sido colocado no punho em dois desses pacientes e na zona do pé no terceiro paciente. As medições feitas no punho são compatíveis com a AIF, no entanto deverá ser usado algum tipo de colimação e/ou blindagem, de modo a medir a entrada arterial com menos contaminação da radiação emitida quer pelos tecidos circundantes quer pelas restantes regiões do corpo. No pé houve dificuldade em manter o protótipo fixo durante todo o exame PET. Os resultados obtidos até agora permitem concluir que o protótipo apresenta características que o tornam promissor para medir a AIF para a quantificação em PET.