AM - TIA - INF - M - Mestrado em Ciências Militares na Especialidade de Infantaria
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Browsing AM - TIA - INF - M - Mestrado em Ciências Militares na Especialidade de Infantaria by advisor "Bandeira, Ana Maria C. Romão Leston"
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- Divulgação do Exército aos jovensPublication . Pereira, João Pedro Lemos Caetano da Silva; Bandeira, Ana Maria C. Romão Leston; Rodrigues, PauloEsta investigação aborda o problema do Impacto que o Dia da Defesa Nacional tem na perceção dos jovens em relação às Forças Armadas ao Exército Português. O objetivo da investigação é perceber qual a opinião que estes tinham antes e depois de passarem pela experiência e aferir se essa iniciativa reúne condições para motivar os jovens a ingressar nas Forças Armadas, em particular no Exército. Os objetivos específicos para esta investigação são a caraterização da perceção dos jovens sobre as Forças Armadas, com incidência no Exército, antes e após a participação no Dia da Defesa Nacional, identificar se existem diferentes apreciações ao nível regional e por último aferir se a informação e a experiência obtidas são suscetíveis de contribuir para que os jovens vejam no Exército uma escolha para o seu futuro. Esta investigação seguiu um raciocínio hipotético-dedutivo uma fez que se formularam três questões de investigação e para cada uma delas foi definida uma hipótese de resposta que depois foi confrontada com dados factuais para que se chegasse a uma conclusão. As três questões de investigação foram: Que perceções têm os jovens em relação às Forças Armadas, em particular a respeito do Exército (antes e depois do Dia da Defesa Nacional)?; Se existe diferenciação regional nas perceções dos jovens em relação às Forças Armadas e ao Exército?; Será a informação obtida pelo jovem no DDN suficiente e adequada para que este veja nas Forças Armadas, e no Exército em particular, uma escolha de Futuro? Posto isto e decorrente da análise feita a todas estas questões foram levantadas hipóteses para esta investigação que foram: a perceção dos jovens sobre as Forças Armadas e sobre o Exército é negativa antes e depois do DDN; a perceção dos Jovens não manifesta diferenciações regionais; a informação fornecida no DDN é adequada, mas incompleta. Na confrontação dos resultados com as hipóteses verificou-se que para a primeira questão de investigação, a resposta é que, antes do Dia da Defesa Nacional a perceção que os jovens têm do Exército era menos positiva, tendo mudado para melhor depois da participação no evento, tendência que se mantém ao longo dos anos observados. Seguidamente, para a segunda questão de investigação, conclui-se que não se verifica diferenciação regional, na perceção dos jovens, porque em todas elas, esta é positiva; porém, o nível de escolaridade pode influenciar a perceção do Exército para os jovens. Em abordagem à terceira questão de investigação percebe-se que a informação fornecida no Dia da Defesa Nacional não é inteiramente adequada, porque não contempla a intervenção nas fases mais importantes na escolha de futuro de um jovem, mas é completa, porque apesar de não se traduzir em números de incorporações contribui para modificar positivamente as perceções. Em suma, o Dia da Defesa Nacional têm realmente impacto positivo na perceção dos jovens em relação ao Exército Português. Contudo, tal não se traduz necessariamente na predisposição dos jovens para ingressar nas Forças Armadas. Com efeito, existe ainda um défice de candidatos em relação ao número de vagas que o Exército disponibiliza nos últimos anos. Para compreender esta realidade, importa referir que a pouca informação junto das escolas, o facto do próprio ensino não contemplar conteúdos relacionados com a Defesa Nacional nos ciclos de estudos, contribui para o distanciamento que os jovens de hoje manifestam em relação às Forças Armadas em geral. Ainda assim, se percebe que os jovens cada vez mais têm um grau de escolaridade mais elevado quando frequentam o Dia da Defesa Nacional, e neste caso, verifica-se que os programas apresentados pela Força Aérea, são os que mais atraem este tipo de jovens, mesmo sendo o Exército a entidade responsável por receber a maior parte dos participantes deste evento nos seus Centros de Divulgação da Defesa Nacional. Este dado sugere uma revisão na forma como o Exército procede à divulgação junto daqueles que num futuro próximo podem vir a ingressar no Ramo.
- As operações militares e os media : O Teatro de Operações do AfeganistãoPublication . Teixeira, Ricardo Jorge Alves; Bandeira, Ana Maria C. Romão LestonO presente Trabalho de Investigação Aplicada, intitulado de “As Operações Militares e os Media – O Teatro de Operações do Afeganistão”, tem como objetivo geral identificar e descrever as implicações relacionadas com a presença dos jornalistas portugueses no Teatro de Operações do Afeganistão na perspetiva dos militares de infantaria portugueses e dos próprios jornalistas. Fruto de compromissos de Estado ao nível internacional, o Exército Português tem empenhado forças militares no cumprimento de missões em vários Teatros de Operações. Para que os cidadãos e cidadãs tomem conhecimento da missão das Forças Armadas em Portugal e no mundo, os media assumem um papel crucial. É através das instâncias mediáticas que a população adquire noções sobre o trabalho que as suas Forças Armadas desenvolvem nos diversos pontos do globo. Neste sentido, é importante saber como se processa a interação entre militares e jornalistas num Teatro de Operações, sendo esta a problemática em que assenta a presente investigação. A metodologia implementada adotou uma perspetiva descritiva, procedendo-se a um estudo de caso, focado na participação portuguesa no Afeganistão entre 2002 e 2014, com o intuito de analisar a interação que resultou entre os militares e os jornalistas, com particular ênfase para as implicações. No que tange aos métodos e técnicas de recolha de dados, utilizámos a análise documental e consultámos fontes documentais para sustentar e enriquecer a investigação. As entrevistas constituem porém a técnica de recolha de informação fundamental, sendo a partir da sua análise que se discutirão as hipóteses levantadas. Visto que se pretendeu abranger a perspetiva de militares e de jornalistas realizaram-se entrevistas a quatro militares que foram comandantes de forças militares no Afeganistão e a cinco jornalistas que estiveram presentes nesse cenário de guerra durante o período em análise.Os resultados apurados permitem verificar que a incorporação de jornalistas no seio das forças militares e o consequente acompanhamento das operações, resultou na adaptação e aplicação de algumas medidas, algo fundamentável pela presença de elementos que não pertenciam à força e que não eram militares. Conclui-se que a interação entre os militares e os jornalistas no Afeganistão resultou em implicações para ambos. Nomeadamente na segurança, como foi o caso do fornecimento de equipamento de proteção aos jornalistas quando estes não dispunham, a segurança física que os militares garantiram aos jornalistas e a explicação das operações por parte dos militares (briefings). Relativamente ao acesso à informação por parte dos jornalistas, existiu um acordo verbal atinente às condições de acesso e divulgação da informação e existiram também restrições em matérias de importância militar e de natureza sensível, as quais mereceram consenso entre os entrevistados. Na componente logística, existiram implicações como foram o caso da alimentação, o alojamento, os equipamentos de proteção fornecidos e os cuidados médicos prestados aos jornalistas, contudo foi algo que não comprometeu o cumprimento das diversas missões e tarefas militares. Nos aspetos relacionais, assinalaram-se casos pontuais de alguma tensão, justificada pelos próprios como resultantes das circunstâncias e da especificidade das missões e objetivos de uns e outros. Porém, é de realçar que a convivência de jornalistas e militares no TO é reveladora de respeito e compreensão pelo trabalho mútuo. Deste modo, pode-se concluir que no plano relacional as implicações da presença de jornalistas contribuem para uma maior conhecimento e sensibilização a respeito do trabalho e das condicionantes a que estão sujeitos militares e jornalistas.
- A participação do militar do Exército Português em missões internacionais e a sua Influência na dinâmica do sistema familiarPublication . Oliveira , Vitor Daniel Machado; Bandeira, Ana Maria C. Romão LestonA presente investigação teve como propósito central estudar as especificidades das vivências das famílias militares aquando da participação do militar do Exército Português em missões internacionais. Procuramos analisar as alterações manifestadas no sistema familiar, principalmente as dificuldades sentidas pelas cônjuges face às exigências impostas, identificar as estratégias de comunicação utilizadas para combater a ausência e caraterizar as perceções dos militares e cônjuges relativas às três fases da missão (pré-deslocamento, deslocamento e pós-deslocamento). O estudo contou com uma amostra constituída por 9 militares do Regimento de Comandos e 5 cônjuges de militares desta mesma unidade, com idades compreendidas entre os 27 e os 52 anos. Recorreu-se a uma metodologia qualitativa, essencialmente baseada em entrevistas semiestruturadas, posteriormente tratadas segundo as técnicas de análise de conteúdo. Os resultados obtidos revelam que a falta de tempo para a família é a principal exigência da vida militar, sendo que as necessidades da organização militar muitas vezes se sobrepõem às da família. As principais razões que conduzem os militares a participar em missões são, a remuneração/compensação financeira e o desenvolvimento pessoal e profissional. Fatores como a experiência, a duração e o local da missão, os laços entre o sistema familiar e as tarefas/funções desempenhadas influenciam as emoções sentidas no que respeita à participação em missões. A dinâmica do sistema familiar é afetada durante as três fases da missão. Esta participação implica a alteração de rotinas, a mudança na expressão de afetos, cria sentimentos de negação, exige momentos de treino e preparação de diversos assuntos, a consciencialização da distância mental e física, a aquisição de maior autonomia por parte da figura parental feminina e distanciação face ao processo educativo dos filhos pelo militar. A comunicação à distância (estabelecida diariamente através do Skype, telemóvel pessoal e email) permitiu fazer face à separação física e emocional e contribuiu para o fortalecimento da moral, dos laços relacionais e conduziu a uma melhoria do bem-estar. Concluímos ainda que o regresso do militar se constitui num enorme desafio para as famílias, sendo necessários esforços para voltar à vida familiar normal.