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Abstract(s)
As Alterações Climáticas têm vindo a despoletar uma série de eventos climáticos cujas
consequências têm sido catastróficas. Neste âmbito, destacam-se as Ondas de Calor (OC),
fenómenos climáticos extremos que ocorrem a nível mundial. Um dos episódios mais
conhecidos é o de Chicago (EUA), em 1995, que provocou 739 óbitos durante cinco dias de
OC. Estes fenómenos afetam os mais variados setores, desde o turismo à agricultura e aos
transportes. Na Austrália, uma OC ocorrida em 2009 provocou estragos na ordem dos 800
milhões de dólares. No entanto, são os problemas relacionados com o stresse térmico, com a
morbilidade e com a mortalidade que mais têm preocupado as autoridades nacionais e
internacionais de saúde, que se têm debruçado sobre este problema de forma a criar planos de
prevenção e alerta para a população que não se encontra adaptada às condições ambientais
variáveis que enfrentam.
Neste trabalho procede-se a uma caracterização das OC a nível global, nomeadamente no que
se refere à data de ocorrência e à mortalidade causada; no entanto, o maior destaque foi dado a
Portugal, que presenciou 49 episódios de OC em apenas 17 anos, dois dos quais, em 2003 e em
2013, provocaram um número de óbitos elevadíssimo. Enquanto que na OC de 2003 se
verificou a ocorrência de 1953 óbitos, uma década depois foram registadas 1684 mortes
associadas ao calor. Isto revela a fragilidade da população que não está adaptada a um problema
ambiental grave que afeta, sobretudo, os idosos e os indivíduos portadores de doenças crónicas
ou outra condição de saúde desfavorável.
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Ondas de Calor Mortalidade Alterações Climáticas