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Authors
Abstract(s)
Este estudo incide na receção e entendimento estratégico da arma nuclear pelos
militares portugueses entre 1945 e 1960, através da análise das revistas militares portuguesas
como fonte primária de investigação. Pretende-se inferir a evolução do pensamento militar
português face à introdução das armas nucleares, destacando as implicações estratégicas e
as respostas dos militares portugueses durante a fase preambular da Guerra Fria.
A investigação é contextualizada no cenário geopolítico global da época, assinalado
pela rivalidade entre os blocos ocidental e oriental e pela corrida ao armamento nuclear.
Recorre-se à análise de conteúdo das publicações militares, classificando os discursos
segundo três eixos: classificação estratégica (arma ofensiva, defensiva ou dissuasora),
sentimento geral (positivo, negativo ou neutro) e adaptação doutrinária, conferindo uma base
factual robusta na fundamentação das reflexões sobre as transformações conceptuais
impostas pela arma atómica.
Os resultados demonstram uma evolução do pensamento, inicialmente centrado na
eficácia ofensiva do armamento, até à consolidação da doutrina da dissuasão e à perceção da
bomba atómica como agente transformador das estruturas doutrinárias tradicionais. Esta
investigação contribui para um melhor entendimento da história militar portuguesa e do
impacto da Guerra Fria nas suas correntes intelectuais estratégicas.
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