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Abstract(s)
Introdução – É particularmente importante uma avaliação objetiva e imparcial da qualidade da
atividade científica dos investigadores, mas também do comportamento científico e
pedagógico das instituições de ensino superior, as quais, por sua vez, são o espelho do
empenho de um país na sua componente de I&D. Objetivo – O presente estudo bibliométrico
pretende caracterizar a presença portuguesa na Scopus e analisar a produção científica
portuguesa classificada na área da saúde e indexada nesta base de dados. Métodos –
Analisou-se a produção científica portuguesa referente ao período de janeiro de 2000 a
dezembro de 2015. A abordagem centrou-se nas seguintes variáveis: categorias de
classificação da Scopus; tipologia de documentos indexados; títulos de revistas; autores;
distribuição por anos de publicação; afiliação institucional e países de origem dos autores com
quem foram estabelecidas relações de parceria científica. Consideraram-se três grandes
categorias de classificação na Scopus (Life Sciences, Health Sciences e Social Sciences &
Humanities, usando filtros temáticos), porque a área da saúde tanto assume componentes
exatas como transversais. Conjugou-se o descritor Portugal com a modalidade affiliation
country. Os dados foram alinhados pela terminologia das variáveis em estudo (affiliation,
author, country, doctype, source, subject, year) e fundidos num só ficheiro por variável.
Resultados – A Scopus contempla 198.749 resultados com afiliação em Portugal. Na área da
saúde contabilizaram-se, no total, 71.232 trabalhos, o que significa uma percentagem de
35,8%. Estes encontram-se distribuídos pelos três grupos de classificação: Health Sciences
(59,1%), Life Sciences (34%) e Social Sciences & Humanities (6,9%). O artigo original (78,1%)
consubstancia a forma mais usada pelos autores portugueses para a divulgação dos resultados
de investigação, logo seguido do artigo de revisão (8,9%), dos paper (3,9%) e das letter (3,1%).
Os últimos cinco anos são os mais representativos na produção científica (58,4%). Analisando
as revistas onde os investigadores portugueses mais publicam, constata-se que são
portuguesas sete das primeiras dez. A maioria da produção científica com visibilidade
internacional é oriunda das universidades, sendo a Universidade do Porto a que mais se
destaca. A parceria científica com outros investigadores destaca a colaboração nacional, mas
também com os Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Países Baixos
e Brasil, por esta ordem. De destacar que é a Universidade de São Paulo (no Brasil) a maior
instituição parceira com 788 trabalhos. Discussão e Conclusões – Na informação da área da saúde indexada na Scopus, as universidades desempenham um papel fundamental,
destacando-se a Universidade do Porto. Também os índices de coautoria e sobretudo a
colaboração internacional com investigadores de outras nacionalidades têm aumentado ao
longo dos anos. Os benefícios e os méritos desta colaboração internacional ao nível da
investigação incluem a partilha e a transferência de conhecimento e equipamento, associando
os investigadores a uma grande rede científica, bem como o acelerar do processo de
investigação, aumentando a visibilidade dos artigos. A produção científica portuguesa da
saúde evidencia a existência de vínculos com diversos países, produto das parcerias, dos
projetos globais e dos financiamentos.
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Keywords
Bibliometria Scopus
Citation
Publisher
Associação Portuguesa de Documentação e Informação de Saúde