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Um olhar sobre o Ártico, em pleno século XXI, constitui um desafio simultaneamente pertinente e aliciante conjugando vetores da Estratégia, da Geopolítica e das Relações Internacionais.
Frequentemente mencionado na opinião pública pela sua fragilidade ambiental, por debaixo das camadas de gelo que se fundem no Ártico escondem-se potencialidades incalculáveis. Na verdade, esta região só aparentemente adversa e distante do círculo político em que nos inserimos é, de facto, uma região privilegiada pela Natureza.
As estimativas de recursos energéticos nas latitudes polares, a par do degelo das suas calotes vieram permitir condições de exploração antes inimagináveis, conferindo uma nova dinâmica a esta região. Com efeito, o Ártico assume no presente um papel preponderante nas economias nacionais de diversos estados, projetando o seu poder muito além do círculo que o restringe.
Decorrente das mais valias proporcionadas pela região, os diversos estados circumpolares têm delineado estratégias de exploração e cooperação, focados na salvaguarda dos seus interesses e na fomentação do seu desenvolvimento.
Identificada desde 2001 como zona de conflito latente, a região do Ártico constitui-se um palco de disputas, onde se sobrepõem interesses e se gerem tensões entre diversos estados.
Neste sentido, importa hoje, mais do que nunca deter um olhar crítico sobre o Norte do planeta que, tendo no passado constituído uma zona de apreciação de poder entre superpotências, reassume hoje uma nova dinâmica a nível global, com influência nos atores e políticas internacionais, cujos contornos e meios de ação são ainda incertezas ténues.
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Keywords
Ártico; Geopolítica; Estratégia; Poder; Ambiente; Relações Internacionais