Publication
Enfermagem religiosa no Portugal do século XX (1901-1950):
dc.contributor.author | Ferreira, Óscar Manuel Ramos | |
dc.date.accessioned | 2018-08-24T14:13:03Z | |
dc.date.available | 2018-08-24T14:13:03Z | |
dc.date.issued | 2014-06 | |
dc.description.abstract | No início do século XX em Portugal os cuidados de enfermagem eram maioritariamente dispensados por religiosas. Contra a enfermagem exercida por estas mulheres opunham-se muitos médicos. De entre eles salientava-se o republicano Miguel Bombarda. No entanto as enfermeiras religiosas eram absolutamente necessárias para o funcionamento das instituições de saúde, de entre as quais sobressaiam alguns dos hospitais das Misericórdias. No entanto, nem todos recorriam a pessoal religioso. Exemplo disso foram os Hospitais da Misericórdia de Braga e Porto. Com esta investigação pretendo compreender a posição dos detratores da enfermagem religiosa e identificar as representações que dela tinham os seus defensores. Com tal finalidade utilizei duas fontes existentes na Biblioteca Nacional. A obra, A Enfermagem Religiosa, da autoria de Miguel Bombarda, publicada em 1910; e a coletânea de depoimentos colhidos por Rebelo Bastos em 1941, e publicadas em 1974, sob o título Para a História da Enfermagem Religiosa no Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Lamego. Na interpretação dos dados utilizei autores como Catroga (1988), Silva (2008) e Moura (2010). Foi a partir de 1881, ano em que em Coimbra foi criada a primeira escola de enfermagem, que se instalou a polémica entre os defensores da enfermagem laica e os apologistas da enfermagem religiosa. Uns e outros defendiam as virtudes dos seus protegidos. Do lado da enfermagem laica estava a fação anticlerical e republicana. Este partido entendia que o ofício de enfermagem devia ser exercido por pessoas sem qualquer ligação a ordens religiosas. Em vez de professarem numa ordem religiosa esses indivíduos deviam possuir um curso que preparasse para o cumprimento das prescrições médicas e para a obediência exclusiva aos clínicos. A defender a enfermagem religiosa estavam o clero; os médicos, imbuídos de forte religiosidade; e os gestores das misericórdias. Quem trabalhava com as religiosas enaltecia a sua abnegação, a ternura e o espírito cristão que elas punham nos cuidados que prestavam. Toda essa polémica culminou em 1942 com a publicação do decreto 32612. Esse édito obrigou tanto as enfermeiras laicas como as religiosas, a possuírem um diploma de enfermagem. Esse era um requisito que três décadas antes já Miguel Bombarda havia exigido. | pt_PT |
dc.description.version | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | pt_PT |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.26/23823 | |
dc.language.iso | por | pt_PT |
dc.publisher | Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Enfermagem | pt_PT |
dc.subject | História da enfermagem | pt_PT |
dc.subject | século XX | pt_PT |
dc.subject | Enfermagem religiosa | pt_PT |
dc.subject | Enfermagem laica | pt_PT |
dc.title | Enfermagem religiosa no Portugal do século XX (1901-1950): | pt_PT |
dc.title.alternative | detratores e apologistas, dois extremos em confronto | pt_PT |
dc.type | journal article | |
dspace.entity.type | Publication | |
oaire.citation.conferencePlace | Lisboa | pt_PT |
oaire.citation.endPage | 76 | pt_PT |
oaire.citation.issue | 1 | pt_PT |
oaire.citation.startPage | 66 | pt_PT |
oaire.citation.title | Pensar Enfermagem | pt_PT |
oaire.citation.volume | 18 | pt_PT |
rcaap.rights | openAccess | pt_PT |
rcaap.type | article | pt_PT |