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Abstract(s)
Este estudo visa analisar cientificamente a perspetiva do General Loureiro dos Santos
sobre o confronto dos Estados Unidos da América com o terrorismo, com particular ênfase
nas intervenções militares no Afeganistão e no Iraque após os atentados de 11 de setembro
de 2001. As intervenções militares norte-americanas são analisadas como expressões de uma
nova forma de ordem internacional, e da tentativa norte-americana de impor a sua hegemonia
global através da força militar. Neste sentido, a presente investigação tem como principal
objetivo compreender qual a leitura que o autor Loureiro dos Santos faz dos sucessos e
fracassos destas operações, os seus impactos geoestratégicos para o mundo e as implicações
para a política externa e de defesa de Portugal.
Por forma a atingir estes objetivos, a metodologia adotada foi predominantemente
qualitativa, centrada na análise documental de obras publicadas por Loureiro dos Santos,
bem como em literatura secundária que se relacionasse com as suas interpretações. A
pesquisa seguiu uma revisão bibliográfica extensiva e meticulosa, recorrendo a bases de
dados académicas e à análise do conteúdo dos textos e obras selecionadas. Este método
possibilitou uma compreensão mais aprofundada e contextualizada das teorias e argumentos
apresentados por Loureiro dos Santos e outros autores relevantes no campo das Relações
Internacionais e de Estudos de Segurança.
Os principais resultados obtidos com esta investigação evidenciaram uma crítica
consistente à política externa unilateral e militarista dos Estados Unidos da América. As
análises feitas pelo General Loureiro dos Santos apontam falhas estratégicas dessas
intervenções, assim como os impactos negativos na estabilidade global e regional. Em
particular, as intervenções no Afeganistão e no Iraque são apresentadas como exemplos
paradigmáticos de consequências adversas de uma abordagem excessivamente militarista.
Esta investigação revelou que essas ações não só falharam em atingir os seus objetivos
declarados de estabilização e combate ao terrorismo, como também contribuíram para um
aumento do antiamericanismo e da instabilidade regional e global. Adicionalmente, Loureiro
dos Santos concluí com a necessidade de uma abordagem mais equilibrada e multilateralista
por forma a enfrentar os desafios da segurança internacional. Esta visão está alinhada com
outras críticas académicas contemporâneas, que também defendem a integração de soluções
políticas, económicas e sociais, juntamente com as estratégias militares. Tendo em conta os
aspetos anteriormente referidos, este estudo evidencia a importância de considerar uma
iv
abordagem mais abrangente para a segurança global, que tem em conta as diversas
dimensões dos conflitos e intervenções militares.
Desta forma, a conclusão mais relevante desta investigação é de que o confronto do
Estados Unidos da América com o terrorismo, nomeadamente as intervenções militares no
Afeganistão e no Iraque, embora tenham alcançado alguns sucessos táticos, resultaram em
graves falhas estratégicas. Estas falhas não só ajudaram a aumentar a instabilidade regional,
como também mancharam negativamente a imagem dos Estados Unidos da América a nível
global. Loureiro dos Santos defende de forma convincente que uma abordagem mais
holística, que integre não só soluções militares, mas também componentes políticas,
económicas e sociais, é essencial para alcançar uma segurança internacional sustentável.
Esta perspetiva é vital para a formulação de políticas futuras e para a compreensão das
dinâmicas complexas das intervenções militares no cenário global.
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